quarta-feira, 1 de abril de 2009

cinema e violência- ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ







A violência sempre foi um dos temas do cinema, mas últimamente vemos uma abordagem diferente da mesma. Essa mudança acompanha as modificações da industria cinematográfica juntamente com novas linguagens e estéticas audio visuais. Além dssas transformações temos também a própria mudança da sociedade contemporânea com uma nova ( ou novas) forma de violência, o que leva também a novas representações sobre o tema.



A partir da década de 70 os filmes que abordam a questão da violência ganham novas roupagens e abordagens, como no caso da ficção-científica laranja mecânica, filme que mostra a violência gratuita de jovens em um futuro próximo, outro exemplo do mesmo gênero é a triologia mad max, que como o próprio título já diz (Max louco) trata da loucura do mundo moderno, no caso representado em um futuro onde a lei não têm vez e as gangs dominam as estradas, para piorar, a partir do segundo filme da série temos uma guerra nuclear que leva ao fim a organização social que conhecemos e faz brotar um mundo pós apocalíptico.



No Brasil recentemente houve experências na área cinematográfica que refletam sobre a questão da violência, dois exemplos rápidos seriam cidade de deus e tropa de elite. Mas além de constatar e representar visualmente esse novo mundo violento o cinema também traz a visão de uma geração passada, geração essa que também viveu em uma sociedade onde havia violência, porém não se conformam e se adaptam a essa nova realidade, a essa nova violência totalmente caótica, brutal, sem lógica e crescente. É dentro dessa perspectiva de conflito de gerações que o filme ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ é feito.



O filme é de 2007, em sua sinopse temos um caçador que encontra uma maleta cheia de dinheiro e resolve ficar com ela, só que atrás dele acaba indo um assassino psicótico e sanguinário, no meio desse acontecimento há a presença de um cherife local que irá investigar o caso. Pelo resumo parece mais um filme de sessão da tarde, mas na verdade trata-se de uma verdadeira obra prima, que focaliza a ganância e a ingenuidade do caçador Moss ( Josh Brolin); o caos, a brutalidade e a falta de lógica da violência atual encarnada no personagem Anton Chigurh vivido magistralmente pelo ator espanhol Javier Bardem, e finalmente a perplexidade e o conflito da geração passada com esse novo e estranho mundo de violência encarnado no xerife Tom( Tommy Lee Jones).



Além de um roteiro bem amarrado, de uma visão crítica e de uma bela e discreta trilha sonora o filme é primoroso em belos enguadramnetos e uma fotografia maravilhosa que realsa principalmente as paisagens naturais do texas.

2 comentários:

  1. O filme realmente permite estas reflexoes que vc faz, só achei que ele se perde um pouco no clima arrastado e nos diálogos verborrágicos e, pelo menos pra mim, ininteligíveis demais. Me pareceu um pouco pedante, e ao mesmo tempo vazios, disfarçados por pura retórica. O que vc acha?

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  2. Eu discorodo um pouco de você Leo, não achei o filme arrstado, mas sim um pouco contemplativo. Já quanto aos diálogos talvés em alguns pontos eles sejam como vc disse, porém isso não prejudica a obra.

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