quarta-feira, 22 de abril de 2009

água seca

Minha boca está seca, o amargo que escorre pela minha língua e penetra na cavidade escura de minha garganta é seco, sem saliva, sem graça, desgraça, verborrágico como a palestra de um mudo, colorido como a visão de um ator desempregado. A vida deu um giro em torno do sol, minha garganta se encheu de palavras soltas, em minha boca nasceu lagos d'água cheios de peixes azuis, verdes e cor de rosas. Minha imaginação ferve com a gritaria de minha alma, alma encharcada de água viva que escorre pela minha boca. Minha estrondosa e pudica boca esta seca novamente, grito e escuto um estrondoso silêncio de minha tristeza agreste, seca, cinza e sem peixe. A chuva virá emcher meus poços e minha boca de alegria temporaria, de pingos de otimismos que irão secar.

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