A maior crueldade da vida é a própria existência, não pedimos e nem escolhemos para nascermos, somos jogados no turbilhão da vida, ela nos nos lança no olho do furacão e depois nos atropela.
Viver é existir sem motivo, razão ou lógica. Simplesmente surgimos sem mais explicações, colocados na roleta russo, prontos para explodirmos o cérebro de um ser a qualquer momento. Não temos muita escolha, viver ou não.
Se escolhermos continuar nesse caos, caminhando por estradas sem fim, rumo ao absurdo, chegando ao nada teremos que conformarmos com todas as possibilidades que essa prostituta sem rosto nos dá. Dor, nojo, tristeza, tesão, alegria e anomia; tudo faz parte do pacote. Escolher existir é escolher sofrer todas as angústias, prazeres e dores da vida, de forma apaixonada e sem arrependimentos.
Viver é correr o risco de se esbarrar na vida, de mergulhar em suas águas escuras e misteriosas, passasr pelo arco-íris de algodão doce, cair nas labaredas infernais. Viver é perigoso, o risco de existir faz parte de nossa escolha por continuarmos navegando no mundo, astronautas de mármore, cavaleiros e damas do além, prisioneiros do agora.
Quando morrermos tudo sumirá como lágrimas na chuva, todas nossas lembranças de dias felizes, dores e ansiedades. Memórias coloridas, flash´s em preto em branco de vivencias humanas deixarão de ter razão ou vida. Mesmo assim teimamos em aproveitar esse momento unico e passageiro, arriscado e perigoso.
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