segunda-feira, 8 de junho de 2009

ERA UMA VEZ NO OESTE












Escrever sobre um filme grandioso como é o caso de ERA UMA VEZ NO OESTE me deixa um pouco embaralhado, não é fácil analisar e descrever essa obra monumental de Sergio Leone que na minha humilde opinião é o melhor western já feito e está entre os dez melhores filmes que já vi.





Na história do filme temos elementos importantes a serem levados em conta como vigança, disputa por terras, avanço tecnológico e progresso. Todos eles estão relacionados nessa ópera de faroeste regada a planos belíssimos, sangue e uma trilha sonora arrebatadora-uma das melhores já ouvidas por esse ouvido humano.





Jill( a belíssima Claudia Cardinale ) é uma ex-prostituta que está indo morar com o seu recente marido, chegando a sua fazendo ela o encontra morto vítima de uma chacina por parte de um grupo de assassinos liderados por Frank( o magistral Henry Fonda ), ela(Jill) vai ter a ajuda do "gaita" (Charles Bronson ) para se vingar de Frank e proteger suas terras das intensões ambiciosas de Frank e seu grupo. Além desses personagens temos ainda o simpático Cheyenne ( Jason Robards ) um fora da lei que irá ajudar os personagens de Cardinale e Bronson.





O filme prima por planos belíssimos, bem fotografados e enquadrados que nos passam uma sensação de profundidade realçando os cenários e os ambientes desérticos do filme, com um caráter épico e grandioso as cenas espetacularmente plastificas por Leone nesse grande quadro são um deleite aos olhos e ao coração do espectador. A trilha sonora composta anteriormente as gravações por Ennio Morricone dá uma imagem de ópera ao filme, uma dança da morte como diz Rodrigo Cunha no site cine players.





Disputa por terras e o avanço do progresso materializado na chegada dos trilhos da estrada de ferro são elementos primordiais para entendermos a ação da película, mas é no campo subjetivo- o da vingança- que mora a parte mais emocionante e visceral da obra. Esse tema já clássico e repetitivo do cinema é mostrado aqui com uma áurea épica e com uma profundidade estética fenomenal na figura do "gaita", um homem de poucas palavras, mas de muita ação, um esteriótipo do velho e bom cowboy movido por um desejo ferrenho de vingança contra Frank, desejo esse que irá nos conduzir a uma das melhores cenas de um duelo filmadas para o cinema, com direito a um close no olhos verdes de Charles Bronson de tirar o fôlego, close esse que dá início ao desenrolar do mitésrio que gira em torno do gaita e de Frank- a ligação entre os dois é colocada em flashback.





Uma Aventura sobre o velho Oeste feita por um Italiano que revolucionou o gênero, com planos comtemplativos, personagens bem interpretados- destaque aqui para o peso do papel femino da personagem Jill em um western- e uma grandiosidade visual e sonora própria de uma obra-prima do cinema. Um deleite para os olhos, ouvidos e corações, uma coreografia mortífera e emocionante. Cinema de verdade.





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