Edward- mãos de tesoura é uma pequena obra prima do fantástico e excêntrico diretor Tim Burton. Nessa aventura que mistura terror, ficção-científica, comédia e drama o fabuloso destino de Edward é exposto para as mentes humanas com seus toques de bizarrices, fantasia, humor e existencialismo.
O mãos de tesouro, vivido pelo genial Johnny Deep, é um jovem criado por um cientista, este morre antes de terminar sua "obra" e com isso a criatura fica faltando uma de suas partes-as mãos; no lugar delas Edward tem tesouras. O personagem de Deep vive sozinho em sua mansão velha e "tenebrosa" até o dia em que uma vendedora de cosméticos o encontra e o leva para morar junto com ela e sua família, é ai que começam os problemas. No início Edward se torna a atração da pequena cidade, cidade essa que parece ter saido de um seriado de tv dos anos 60, depois ele acaba sendo perseguido pelas suas diferenças.
O filme é uma fantástica aventura no coração humano, onde vemos o conflito com o diferente, a inveja e as peripecias que passam as pessoas ingênuas. Com um tom de fantasia e conto de fadas a película mistura humor negro com uma deliciosa história dramática e romantica.
O personagem mãos de tesoura é a síntese da "criatura" sem malícia, sua dificuldade em se adaptar a sociedade mostra o quanto somos terríveis e crueis com o as pessoas, seu romance com Kim Boggs( Winona Rydar) nos mostra a velha história do amor impossível.
A película mistura um colorido forte e alegre da cidade, como os jardins verdejantes e bem desenhados, com uma fotografia e uma iluminação gótica, como é o caso da mansão onde vive Edward, dando um toque de terror e magia ao ambiente onde vive nosso anti-herói.
Temas como a solidão estão presentes na obra, o protagonista é um ser condenado a solidão. A melancolia está presente no rosto pálido e triste do mãos de tesoura com sua roupa "cyberpunk" e seu pentiado esquisito, símbolo da "anormalidade" e marginalidade de alguns grupos sociais.
O filme é uma deliciosa e agradável história sobre a tristeza, solidão e horror humano, narrada com fantasia e embalada pela trilha sonora inconfundível de Danny Elfman, parceiro absoluto de Burton. Dificil não se emocionar com esse clássico de sessão da tarde.
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