segunda-feira, 12 de outubro de 2009

BASTARDOS INGLÓRIOS




Quando assisti pela primeira vez o filme TEMPO DE VIOLÊNCIA do Tarantino achei um pouco bobo e pretencioso, na época era um adolescente descobrindo filmes clássicos como o PODEROSO CHEFÃO e diretores renoamados como Fellini, porém alguns anos depois fiz uma "releitura" da obra, assisti mais umas duas vezes até conseguir compreender a genialidade do diretor, do mestre do cinema contemporâneo. Esta semana fui ao cinema ver mais um filme do famigerado diretor aqui citado, as espectativas em relação a obra eram enormes e o medo de me decepcionar também, mas assim como aconteceu com Kill Bill eu fui levado ao mundo do extâse e da loucura- no bom sentido- cinematográfica, vejo em minha frente um show de imagem e som, uma narrativa com uma linguagem própria, estou falando da mais recente ousadia artística de Quentin Tarantino, estou falando de Bastardos Inglórios.
Resumir o enredo do filme não é fácil, a história se passa durante a 2ª Guerra, no filme uma jovem judia tem sua família massacrada pelo exército nazista, anos depois da tragédia ela tem a oportunidade de se vingar tentando matar um grupo de nazistas que vão ao seu cinema assistir a uma sessão de gala, nessa sesssão estão Goebels e Hitler, só que , faz parte dos planos de um grupo de assassinos também atacar o evento matando os grandes líderes "cabeças" do nazismo, esse grupo chama-se OS BASTARDOS, ele é liderado pelo tenente Aldo Raine vivido pelo ator Brad Pit em uma performance extrardinária, com sotaques e exprerssões exageradas ele dá vida a um personagem frio e irônico, ironia é o que não falta nesse filme, Tarantino conduz seu filme com uma narrativa repleta de sarcasmo, sangue e aventura nos levando a cenas com diálogos memoráveis, ação e muita diversão.
O diretor me lembra Sergio Leone ao controlar o termpo e criar espectivas em cenas monumentais como a 1ª com um diálogo entre um fazendeiro e um coronel nazi chamado Hans Landa, que é um personagem chave na trama com um humor e uma lábia que são encorporados com maestria pelo ator Waltz- devo dizer que ele rouba as cenas! Além da questão do tempo temos uma fotografia maravilhosa que mostra uma natureza viva e deslumbrante e um vermelho intenso nas cenas banhadas com sangue. A trilha sonora com músicas pop e trilhas de filmes de western nos leva a nostalgia, a um mosaico de referências a cultura cinematográfica e pop.
Com uma narrativa bem estruturada esse filme inteligente, colorido e divertido é mais uma obra prima desse diretor que está entre os melhores dos últimos vinte anos, um poema violento, uma sátira histórica, um amontoado de anti-heróis pós-modernos onde o protagonista é o filme e o prazer é do espectador.

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