terça-feira, 2 de novembro de 2010

NAS RUAS NA NOITE DE GOIÂNIA

Muita coisa mudou nesse ano, mas a beleza,o romantismo e o mistério ainda estão presentes na noite goianiense,adoro sair pelas ruas a noite em Goiânia,elas são um reduto de nostalgia, marginalidade e beleza, a escuridão guarda segredos, revela pessoas perdidas em seus encantos, sujeira, romance, uma contradição que penetra nos corações humanos, sinto isso pulsar mais forte agora que estou longe do meu aconchego, morando no norte do estado em um lugar onde não vejo mais a alegria penetrar em minha consciência, aqui nessa capital de memória efervescente e lembranças que me emocionam, entristecem e alegram sou mais um humano, esquecido, não sou reconhecido pela multidão, sinto falta disso, passar despercebido, como é bom ser um ser sem identificação.

Depois de assistir a um filme no cinema fico com lágrimas escondidas no inconsciente, o novo filme do Arnaldo Jabor é uma odisseia dançante, musical e colorida sobre a juventude e a descoberta da vida com suas dores e felicidade, A SUPREMA FELICIDADE é um filme que nos mostra que devemos aceitar a vida como ela é, os conflitos familiares e amorosos, a figura do simpático e sábio avô boêmio, tudo isso me levou a mergulhar novamente na noite atrás de amor, encanto, sexo e aventura, achei sexo, amor somente em minha imaginação, o amor decepciona, o sexo dificilmente, mulheres em bares, prostitutas, bebidas geladas, distâncias percorridas, sou novamente um herói das madrugadas, adorei reviver esses momentos em minha cidade, cada dia que passa  acho que está mais próximo minha volta a Goiânia, essa efervescência cultural.

Depois de uma retomada em minha vida continuo me envolvendo com pessoas complicadas, ainda sou um cara que sinto atração por problemas, ela é complicada, não a culpa, viver é complicado, seus cabelos negros, sua pele clara, seu jeito ainda jovem de encarar o mundo, quem nunca pensou em dar  um fim na existência? Eu já, mas somente os corajosos continuam nessa marcha sem fim, carregando esse fardo pesado vou sobrevivendo, enganando meu sofrimento, sorrisos disfarçam bem nossa melancolia, as pessoas não são felizes, elas estão felizes, tudo é momentâneo, passageiro, a alegria, a tristeza, a felicidade, mesmo a vida é algo que passa rápido, nesse fim de semana em Goiânia percorrendo suas ruas a noite sou um romântico que sorrio para a vida e tenho a esperança de voltar a correr nessas pistas, em quanto isso não chega vou vivendo, refletindo, amando, gozando, sofrendo as desventuras do ser, escrevendo minhas angustias, alegrias, sou um ser solto no espaço de minha imaginação, sonho, canção, canto uma celebração a vida.

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