Não tenho assunto, sentei em frente ao computador e meu cérebro ficou mudo, pensei em escrever sobre o amor, mas não consegui, tive a brilhante idéia de falar sobre ficção-científica- robótica, viagens no tempo, vida extraterrestre-, que engraçado, também não tive êxito. Tantas idéias, anseios, especulações filosóficas, construções poéticas, assuntos envolventes, palavras inteligentes, porém nenhuma inspiração.
Escrever é a arte de talhar na eternidade belezas grotescas, vidas poéticas, existências violentas; escrever é o exercício de tornar claro o óbvio, de aprofundar em temas científicos, escrever é dar som as idéias, colocar o leitor na calda do cometa rumo a mundos desconhecidos, é conhecer o nunca falado, repetir o sempre pensado, plagiando o falso, reiventando o original, criando o loucamente impensável.
Explosões de rosas, gritos de dor, música improvisada, cores cinzas, vermelhos sangrentos, ideologias sexuais, não me faça correr atrás de contradições mundanas, quero apenas mergulhar no caos da palavra, na harmonia do pensamento esquizofrênico, beijar a carne podre, vomitar na bandeja da pureza e gozar da utopia da felicidade. Vou jogar todas essas fagulhas que ardem em minha consciência no mundo material, com palavras técnicas e bem pontuadas, com um jeito infantil e intelectualizado. Estou manchando meus pensamentos com escritas, expondo meu inconsciente de forma pornográfica e imperceptível, o meu texto grita silenciosamente, carrega panfletos políticos.
Escrever é por uma pergunta, é buscar uma resposta, escrever não é colocar um ponto final, é dialogar com o infitinito até chegar do outro lado.
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