Não pare, continue percorrendo esses olhos gulosos sobre o meu corpo magro e sedento de prazer, não pare de fitar meus olhos verdes alegria com suas órbitas estelares, bolas de sedução, olhos de perdição. Não diga que não me deseja, que não me quer, diga apenas palavras maliciosas, sacanagens gostosas, palavras de amor sem entonação, paixões verborrágicas, corpos falantes, língua suave.
Não tire seu olhoar do meu, não me ignore, finja que sente atração, tesão, paixão, finja não sentir dor, abra-se como uma flor e se entregue ao prazer.
Sim. Não diga sim a melancolia que desliza sobre seu rosto, grite ao silêncio sua angústia, sua decepção com os homens lindos, príncipes góticos, contos doces de terror, romances sem amor, abra seu coração aos sonhos escondidos.
Não desligue a energia cósmica que rola entre nós. Sei que não quer admitir, mas não se desespere, terei paciência.
Não pare, continue deslizando sobre meu peito essa suave e quente língua, sugue minha pele, morda minha carne, coma o meu fruto, mergulhe no pecado e salve sua alma da solidão.
Terei paciência. Amor. Desejo. Não se iluda, não te amo, mas isso é ululante e o óbvio não dá prazer. Feche os olhos e deixe seu corpo amar o meu. Você sonha com outros homens, mas é no calor das minhas entranhas que você aquece seus desejos.
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