sábado, 18 de julho de 2009

ERA UMA VEZ NA AMÉRICA







Visualmente épico, nostálgico, com um ar operístico, monumental. O que há de melhor no cinema foi feito por Sergio Leone, o que há de mais sofisticado no diretor foi eternizado nessa obra fantástica e emocionante chamada ERA UMA VEZ NA AMÉRICA. Com um controle fenomenal sobre o tempo o diretor constroi cenas poéticas e emocionantes, tornando essa obra um show de violência, lágrimas, memórias e romances; mas acima de tudo uma expressão da alma humana.



Era Uma Vez na América conta a história de um grupo de amigos criminosos em três épocas distintas, a adolescencia, a vida adulta e velhice. Nessa ópera cinematográfica temos como protagonista o sério e violento Noodles vivido pelo ator prefirido do Scorsese, o magnífico Robert de Niro, que nessa película dá um show de interpretação! Noodles após perder os amigos é perseguido por um grupo de criminosos com a suspeita de ter traído seus companheiros, ele foge sem conseguir levar o dinheiro economizado durante sua vida criminosa, já velho ele volta para sua cidade após receber uma carta com uma proposta de um último serviço e é a partir daí que vemos em flashback a sua juventude e vida adulta, sua amizade com Max ( James Woods) ,seu amor quase platônico por Deborah- amor esse que beira a obsessão e rende uma cena de violência sexual.



Essa obra prima do cinema é um épico sobre a máfia, sobre a amizade e sobre homens violentos, porém humanos, com seus anseios, cobiças e desejos. A trilha sonora do mestre Ennio Morricone é um fator essencial no filme, é ela que dá o tom monumental a obra em cenas como a da emboscada aos jovens criminosos que acaba levando a morte um deles, ou a cena do jovem comendo o doce nas escadas do prédio.



Com um enquadramento que é só dele o diretor consegue nos levar ao extase visual em cenas como a da troca de bebês, ou criar um tom de suspense, aflição e espectativa.



Um filme obrigatório, uma obra monumental de um dos maiores e geniais diretores de todos os tempos, um exemplo de como tornar uma expressão artística sobre violência e sangue em poesia e beleza.

Um comentário:

  1. Sem dúvida, um filme ímpar, que para mim, eu considero modestamente de o Filme da minha Vida.

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