sábado, 25 de julho de 2009

Anos 80






















Ainda posso ver o azul da piscina, crianças pulando na água como loucas, mulheres bronzeando, homens jogando bola e bebendo cerveja. O calor da areia do campo de futebol não saiu de meus pés, o gosto do refrigerante adoça minha imaginação. Revistas eróticas, música pop, teclados e dança. Michael Jackson deslisando sobre o chão, ou dançando com mortos vivos no clip da música thriller, o performático Fred Mercury liderando a banda Queen, Cyndi Lauper com seus cabelos coloridos, são ondas que percorrem meus ouvidos, colorem minha mente, levam meu ser a nostalgia.






Roberto Carlos já tinha saido do estilo jovem guarda, sua música detalhes já era um clássico, mas derrepente surge uma música intitulada caminhoneiro e temos novamente um estrondoso sucesso romântico do rei. Caetano ainda era um artista de talento cantando seu "podres poderes", mas era o pop-rock nacional que embalava as "fm" da vida; Legião Urbana, Engenheiros do Havaí, Titãs e etc.






O maior herói do cinema dava seus pulos com chicote na mão, sim é ele, o eterno e inoxidável Indiana Jones, enquanto replicantes insubordinados eram caçados por Blade Runners ou o menino totó levava multidões ao choro no filme Cinema Paradiso.






A Guerra Fria já estava descongelando, muros eram derrubados na Alemanha, a ditadura estava derretendo ao calor de uma democracia ainda morna, mas atrevida com sua Constituição no Brasil.






Na televisão loiras animavam as manhãs e tardes de crianças e adolescentes, desenhos como Caverna do Dragão e He- Man levavam esses jovens a mundos mágicos e sobrenaturais, enlatados de ficção-científica para adolescentes era a novidade do momento, como o Jaspion, já eternizado na memória de muitos garotos. Novelas como QUE REI SOU EU e a politicamente instigante Salvador da Pátria levavam temas sobre política as casas brasileiras, é nesse contexto que temos o clássico ROQUE SANTEIRO, onde José Wilker interpreta o protagonista ao lado de Regina Duarte que dá vida a viuva Porsina, não posso deixar de mensionar o maior personagem da tv brasileira: Sinhosinho Malta.






Entre luzes fortes e exageradas, com uma arte mais preocupada com a forma do que com o conteúdo, os anos 80 são os anos mais nostálgicos do século XX, povoam o imaginário artístico de muita gente, leva a memórias desoladoras quando o assunto é economia e política, a suspiros efervescentes quando paira no ar imagens vibrantes e chocantes das festas com som eletrônico pós EMBALOS DE SÁBADO A NOITE.






A década de oitenta é apenas mais uma entre outras, mas algo de mágico leva ao êxtase, arrepios percorrem toda a pele, inesplicavelmente somos tomados por uma saldade estrondosa quando o assunto é sobre os anos...

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