O que leva uma pessoa a escrever? O amor,a dor, a preguiça, a desgraça, a falta de graça, fumaça do desespero, alegria infantil, sexo virtual, tesão e emoção, angustia existencial, grilo emocional, talvéz conspirasção do universo, destino mal traçado, falta do que fazer, amor e mágoa, riso de balburdia, pensamento primata, não sei, respostas não são meu forte, sou a dúvida com pernas, a angustia absurda, o caos da vida, o apocalipse do otimismo, a raiva da traição, o tesão e a emoção de domingos de chuva, maios sem noivas, a falta de sentido da vida. Não tenho respostas, tenho apenas perguntas a compartilhar, mas a vida e sua pressão me levam a escrever, sem um "por que" sou levado ao mundo das palavras soltas e sem verdades, a arquitetura literária, ao mundo fantástico, ao absursdo da existência, a beleza do grotesco, o horror e o temor são embalados na felicidade, o clamor por prazer e o desejo de viver em quanto a morte não me beija.
Escrever é amar, é odiar, é criar, mentir verdadeiramente, é realizar projetos instintivamente, é a lógica do irracional, o sexo transcendental, a metafísica do material, escrever é sonhar acordado, é analisar a sociedade, compreender os loucos, gritar com os animais, ensurdecer no silêncio, constrangimento indecente, olhar infernal.
Vou escrever menos nesse blog, não vou parar, vou apenas escrever um pouco menos, pois tenho um outro projeto, estou escrevendo um livro, uma mentira sensual sobre seres anormais, um grito de desespero desse ser para a morte que o autro que escreve para você agora, caro leitor continuarei a dar o meu melhor e dividir minhas dúvidas, angustias, alegrias e ilusões.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
pequeno texto angustiado
o suor escorre pelo corpo, labaredas de fogo parecem decer do ceú, seco e iluminado o clima desértico encobre toda a cidade, a garganta seca pede por água, os sonhos e alucinações me levam a terras gélidas ou a paraísos aquáticos, paixão vilolenta é essa pela angustia de viver, passamos a maior parte da vida angustiados, seja com a política, com a existência, com a liberdade ou com a falta de problemas, que por si só já é problemático, refletir sobre o mundo e sobre nós também nos angustia, seja em dias frios, quentes ou sem graça, o ruim não é ter dissabores, desventuras, dores e desgraças, mas sim ter consciência disso, a pior coisa que existe é a consciência, "a ignorância é uma delícia" como disse um dos personagens do filme Matrix.
Passar pelo mundo é interpretá-lo e sofrê-lo, isso mesmo, sofremos no mundo, recebemos o amor, a dor, a angustia, o prazer e a beleza de existir e morrer, passar pela odisséia terrestre é ter consciência de nossas limitações, culpas, sofrimentos, torturas, alegrias e tesão, a relação entre o ser e o mundo nos faz tomar conhecimento de nós e do universo, limitado e frágil é esse conhecimento, relativo e personalizado é a consciência, esse monstro individual gerado na coletividade, é por ela que temos nossa visão de mundo, nossa ignorância, nosso saber, nosso sofrer, amar no mar de ilusões qie é a representação da realidade gerada em nossas mentes, dementes, insanas e amantes, ter que raciocinar, mesmo que irracionalmente nos leva a angustia, ter consciência de nossa existência e nosso fim com a morte é isso, viver é doloroso, apesar da magia e beleza que há no mundo, nessa vida cheia de contradição e prazer.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
LUCIANA
Você diz que eu vivo te citando em meus textos, esse já vai ser o terceiro onde você não será parte integrande, o primeiro foi sobre minha saudade de Goiânia, o segundo foi sobre o filme "500 dias com ela", deixarei de lado essa pequena introdução e irei para o meu texto.
Ouvindo Across the Universe dos Beatles me sinto vagando pelo espaço sideral, sou um astronauta de mármore vagando por sonhos, solidão, nostalgia, progresso sem sentido, escuridão reflexiva, vejo o azul agonizante, esperança terrena, beleza humana, do espaço posso visualizar a desgraça humana, o encantamento artístico, ouço o silêncio que reina nesse salão sem oxigênio, sem encanto, sem religião, daqui posso sentir o nada e não vejo deus me recriminando, nem parísos metafísicos, sinto o calor se apagar no gélido hálito de romance que passa pelos meus olhos lacrimejantes de emoção ao notar minha solidão no espaço, reflito amargamente o doce da vida nesse momento e me lembro que estou no mundo de passagem.
Detalhes, pequenos, mas importantes detalhes são as lembranças, contemplando o infinito do universo nesse negro e tenebroso campo onde estou flutuando me lembro que a memória é feita mais de esquecimento do que de lembranças, mas no meio dessa brincadeira cósmica de lembrar e esquecer me recordo de passeios no zoológico, filmes no cinema, trepadas gostosas, fantasias realizadas, livros lidos, bebidas ingeridas, eu num táxi ouvindo scorpions, brinquedos infantis, mas é claro, não poderia deixar de mencionar aquele rosto branco, cabelos negros e olhos pequenos, sua voz some no tempo, lembro bem de seu sorrizo, do penteado, de sua calça amarela, do seu cachorro branco com bolas pretas e com nome de personagem de desenho animado, meus primeiros beijos, suspiros, sonhos e angustias amorosas, como não me lembrar dela, daquela criança que me fazia menos criança, porém mais tímido, época encantada e perdida no tempo que o vento levou e a saudade recordou. O nome é lindo como uma sinfonia, Luciana. Será onde está aquela branquela, nunca mais ouvi falar dela, não coloquei mais meus olhos sobre seu corpo, ouvi sua voz manhosa, será que está viva? Não ouso pensar na sua morte, mesmo sendo algo natural.
Volto minha imaginação para o deserto do espaço sideral, como no filme 2001 me sinto um feto azul e brilhante suspenso no universo, olho com ingenuidade para a desgraça, amor, guerra e violência, berro o apocalipse, grito de dor e prazer no infinito, mas pouco a pouco sou tomado pelas lembranças daquela época sem esperança, infância se perdendo, juventude efervescente, amores indescentes e ela lá, sorrindo, me beijando e sumindo no vendaval do tempo, presa em minhas lembranças, Luciana, onde andará você? Se não te ver mais, se não te ouvir mais, tenho a certeza que você também deve ter pensdado em mim e que não passo de uma leve e obscura lembrança.
domingo, 19 de setembro de 2010
500 DIAS COM ELA
Roteiros já batidos, histórias mais do que conhecidas, finais melosos e felizes, assim são a maioria das comédias românticas, gênero já desgastado, para alguns até ultrapassado como foi o caso do western, mas ele continua, tem sucesso comercial, muitos admiradores, porém a maioria das produções desse gênero são apenas réplicas de filmes já açucarados, fáceis e bregas, que fizeram sucesso e cairam no gosto popular. Sair do estabelecido, solidificado e cultuado é difícil, inovar é preciso, para isso talento, coragem e um pouco de ousadia são necessários e isso foi usado pelo novato na direção Marc Webb no filme 500 dias com ela, pequena obra prima moderna que encanta, entristece e nos leva ao caótico, cruel e cômico jogo amoroso.
Um cara normal e pouco sedutor se apaixona por uma beldade, linda, simpática, isso pareece com um roteiro de filmes de sessão das tarde, mas não é, Joseph Gordon-Levitt é Tom Hansen um arquiteto fracassado que trabalha em um escritório de cartões, ele escreve mensagens de amor, felicitações etc. Zooey Deschane é Summer Finn a nova secretaria do chefe de Tom, ele se apaixona logo de cara por ela e começa ai a odisséia amorosa de nosso anti-herói. O filme conta os 500 disas de relacionamento entre os protagonistas, as idas e vidas, o namoro, o relacionamento casual, a amizade e os períodos de separação, com inteligencia e ousadia o diretor nos coloca em um filme dinâmico onde a falta de linearidade é o carro chefe, o roteiro não segue a lógica dos dias, mas sim das emoções, das contradições, em uma cena temos uma briga, na outra temos o inicio do relacionamento, como num video clip somos jogados num turbilhão de emoção onde Tom se perde na tentativa de amar Summer. Os personagens são riquícimos, Summer é uma mulher forte e decidida, é ela que conduz o início o andamento e o fim do relacionamento, mas mesmo sendo assim ela também é vítima da falta de sentido da vida, ela é protagonista pela busca de felicidade em um mundo onde não conseguimos entender nossos relacionamento, Tom se esforça e desdobra em busca do amor de Summer, essa odisséia amorosa nos leva a momentos cômicos, dramáticos, a passeios musicais, a um filme humano que mostra dois seres em busca da felicidade, mas permeados pela melancolia de uma vida onde só nos resta sorrir para nossas desgraças.
Com uma trilha sonora fantástica onde músicas de Regina Spector, The Smiths e Hall & Oates embalam, encantam, emocionam e dão dinamicidade a cenas como a que Tom sai pela rua dançando, cumprimento pessoas e se depara com um pássaro- desenho animado-, cena mágica, fantasia sobre o êxtase, outro momento que merece destaque é onde Tom sobe as escadas do prédio de Summer para encontrá-la e vemos a tela dividida entre o que ele criou em suas expectativas otimistas e a "realidade". Esse filme é uma obra prima, cinema de diversão, reflexão e beleza, ousado, engraçado e emocionante sem ser lacrimogênico, uma visão sobre amor diferente, arte de qualidade, a vida com uma estética irreverente, um momento para nos deliciarmos com nossas próprias verdades.
DE VOLTA PARA O MEU ACONCHEGO
Cansado e mergulhado na contemplação volto de mais uma ida ao rio, depois de uma tarde prazerosa onde o sol escaldante e companhias agradáveis me deram mais um dia de prazer sobre essa terra tão cheia de desventuras, ao longo do caminho de volta viajo na atmosfera laranjada e no sol fonte dessa coloração cinematográfica, lembranças nostálgicas me chegam sem pedir licença e sou jogado no carrocel louco e sem juízo da memória a um passado poético e pouco sólido, vejo em minhas nostálgicas lembranças viagens de volta a Goiânia, me lembro quando viajava com meus pais para o interior e quando voltava dava de cara com essa cidade efervescente chamada Goiânia, brincadeiras, desenhos, virgindades perdidas, amores encantados, paixões recolhidas, prazeres atômicos, amizades de mentira, companheiros de verdade, verdadeiras fábricas de magia, um turbilhão de emoção, pensamentos sem noção, desesperos, identidade, pensar em sua cidade natal é um misto de horror e felicidade.
Pensar no impensável, sonhar com cheiros do passado, refletir sobre urbanidade forçada, mergulhar no sentimento de pertencimento imaginário, criações arbitrárias, sensações inconscientes, decisões libertárias, somos donos de nossas amargas, belas e sensatas loucuras do presente, assim como pelo passado tão encantado e cheio de problemas, bosques e tardes de domingos, cinema e fumaças cinzas, poluição amorosa, criações venenosas, ruas que passei, pessoas que beijei, escolas que ensinei, brigas que aprendi, dores do momento, paixões e tormentos, ideologias políticas radicais, otimismo perdido, tudo dentro da mesma urbanidade, nostálgica e cheia de saudades, assim me vejo frente a Goiânia, esse misto de horror e saudade, amor, mentira e prazeres impensados, talvés em um ano no máximo estarei de volta ao meu lar e ai eu possa dizer como Elba Ramalho: estou de volta para o meu aconchego.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
DÚVIDA E DESCONFIANÇA
Quando era criança ficava angustiado com minha presença no universo, achava estranho existir, me perguntava como era possível tamanha façanha, a resposta era sempre preenchida pela idéia de um ser supremo, um deus criador, eu logo era uma criatura, uma criação que respondia a um propósito. A vida adulta me retirou esse sonho mágico, esse encantamento e sentido de vida foi desconstruido, novas perspectivas foram se formando, não havia mais um sentido teleológico, religioso ou metafísico, aos poucos a política e a ciência foram ocupando esse espaço vazio, porém como tudo que já havia se dissolvido em minha consciência em metamorfose esses pilares da modernidade foram rompidos e em seu lugar veio o relativismo, a dúvida e a beleza da arte.
Não há como negar as ideologias, o papel da ciência e o raciocínio filosófico, a lógica e demais benécies da inteligência humana, mas o que há de mais elevado e humano é a arte, sua beleza, horror, amor, dor, sua visão sobre o que é a vida e o que não é, suas dúvidas, angustias e traços inconscientes, é um mergulho na alma humana, no pensar exagerado, no amar concentrado, no tesão impensado, na ira desfarsada, na metamorfose do grotesco e do desejo, o inimitável, imperdoável e impensável.
Pensar minha vida fora da arte é impossível, assim como pensar meu caminhar pela terra sem a dúvida, essa louca e importante mola que move o pensamento, a filosofia, a ciência, a religião e que nos angustia, é ela a responsável por nossa intelectualidade, irracionalidade, sem ela estaríamos adormecidos. Partindo da idéia que a dúvida é uma das coisas mais excenciais da vida humana chego em uma questão da minha personalidade, a confiança. Sempre tive dificuldade em confiar nas pessoas, trabalho em uma área onde a confiança é fundamental, ela pode salvar vidas, mas sempre fui desconfiado, nunca acreditei muito no ser humano, tive exemplos grotescos em minha família, acompanhei de perto o que a ingenuidade e excesso de confiança na humanidade faz, nem sempre é muito bonito o resultado, talvés está ai minha dificuldade em confiar e mais uma vez cito aqui a dúvida, sempre duvido das pessoas, mesmo aquelas com caras sonsas, jeito quieto e olhar melancólico, não importa, sempre há espaço para a dúvida, confiar de imediato pode ser um preço caro de mais. Recentemente tive provas que minha posição é certa, pelo menos para mim, já que conheci uma pessoa que nunca deu mostras de ser o que realmente era, conhecia muito bem- o que passou a ser uma mentira- e achava que poderia confiar cegamente nela, mas por um pequeno e importante instante me lembrei de meu posicionamento e minha filosofia de vida, e a desconfiança e dúvida me "salvaram" novamente.
Como vermes roendo a carne podre da terra somos jogados na caoticidade da vida, mergulhados na falta de sentido e caminhando rumo ao nada da espectativa, sou forçado a me direcionar a arte, suas explicações sem noção, sua intenção sem razão, a pura emoção que me encanta em todos os momentos de minha existência e me faz aquentar a espera da morte, tormento da existência, a ciência, a política e a filosofia saiem correndo quando a luz da arte se aproxima ao lado da dúvia, esse encanto da "sapiencia" ao lado da desconfiança, essa soberba aparência da prudência, virtude humana.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
PEQUENO TEXTO SINCERO E SEM IMPORTÂNCIA
A traição é um tema dominante na literatura, no cinema e na televisão, como não se lembrar de Otelo de Shakespeare, Madame Bovary ou do filme Closer, a traição é uma das chagas da alma humana, tão presente em todas sociedades e épocas como o oxigênio, mas mesmo assim é recriminada. Dentro desse quadro tem uma lenda urbana do interior do Brasil sobre uma moça que foi traída e abandonada por seu namorado e logo em seguida começa um relacionamento com o amigo dele, ela nutre uma paixão pelo “ex” e deseja voltar com ele, nem que seja para fazer o papel de amante, mas se não bastasse isso ela traia o novo namorado e mentia diariamente, falsa, cínica e dissimulada ela não se contentava apenas com isso e começou também a falar para o ex sobre suas traições e como ela enganava o namorado, ela dividia com o antigo namorado todas suas aventuras e amores e compartilhava com ele seu prazer em trair. Menina dita tímida com olhos chorosos e que adora se desculpar e dar uma de vítima, diz a lenda que ela existiu em uma terra quente do interior do Brasil.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
CORAÇÃO DAS TREVAS E CONTEMPLAÇÃO NO ESPAÇO SIDERAL
Abro os olhos, em minha frente há uma floreta, em minha volta ela toma conta, rodeando minha alama, fechando meu corpo em seu ventre, ouço gritos e soluços, estou dentro do coração das trevas. Fecho os olhos e abro novamente, pedaços de corpos espalhados pelo chão, sangue inundando o ventre da floresta, explosões e tiros, soldados com gosto de morte na boca e olhos cheios de pavor degladiando dentro do inferno verde no qual fui engolido, em cada corpo sem vida uma nova esperança de ir para casa respirando, sonhando e amando. Passeio com minha consciência pela desgraça humana, a guerra é mais uma bela e agradável sinfonia infernal de morte, dor, angustia e louvor, um braço da política, uma língua da ignorância, um forte abraço de violência e o ser humano está embebido do sofrimento e do sadismo da luta armada.
No espaço a solidão deve ser normal, como seria interessante penetrar na escuridão solitária e nos dar ao luxo de ficarmos sozinhos com o universo, contemplando e olhando de longe a agonizante e aterrorizante bola azul que chamamos de casa, deixando para trás as atrocidades e a loucura do mundo, mas mesmo na lua ou no sol, em outra galáxia, não importa, em qualquer lugar estaremos levando com nós a cultura, nossa visão de mundo, memória, amores, sonhos terrenos e humanos, ir para o espaço sideral e abraçar a solidão calma e contemplativa nos privaria também das amizades, belos momentos de conversas, sexo, amor e frustrações, sairíamos da tristesa, da dor, da alegria da comunidade e mergulharíamos no marasmo de nossas próprias companhias.
Um grito, estupros inevitáveis, fome, tiros em carnes apodrecidas, vermes tomam contam de corpos ainda em vida, estou saindo da mata, a guerra e o horror me acompanham em sonhos, minha consciência sonham com um mundo utópico, meu corpo perde sua alma, estou fora do coração das trevas, a falsa alegria contagiante, a paixão constante e o eterno retorno das coisas me engolem, a dor, o sofrimento e a tristeza ainda estão presentes, não é um privilégio da guerra, por uns poucos instantes viajo em uma nave espacial e solitariamente tento esquecer do mundo, mas ele não se esquece de mim, ele me acompanham. As metáforas brilham nessa palavras, não vou mais negar o mundo e sonhar com paraísos religiosos ou sociedades socialistas, vou encarar a dor, o amor, a angustia, a liberdade e a dúvida da vida, entrando e saindo de loucas chamas, trevas e doces momentos e viajando pela Terra em busca de momentos de vida antes da morte que nos espera.
sábado, 11 de setembro de 2010
BAIXIO DAS BESTAS DO CARÁTER HUMANO
Luzes violetas se mistura com sons de bombas e gritos de horror, olho para mar de fogo que jorra das almas desses crentes sem dentes que correm em busca de dor, loucuras brilhantes se apagam no preto e branco de vidas sem noção, emoção, ao acaso brinco com sentimentos como enfio meu dedo em feridas de corpos podres entregues aos vermes do destino. Sou um especialista em enchergar a desgraça humana e perceber como as pessoas se utilizam de suas máscaras sociais no teatro da vida, não é puro fingimento usar mácara, usamos para nos proteger, sobreviver em diferentes ambientes, porém algumas pessoas dissimuladas e de má indole conseguem manipular essa nossa camuflagem psicológica com intensões duvidosas.
O ser que ocupa um lugar nesse universo e tem consciência de sua estada nessa existência também tem condição de analisar e ver como as pessoas se utilizam de suas máscaras, eu faço isso com maestria, mas recentemente vi algo que me deixou frustrado, vi que a experiência de vida nos deixa cegos para as surpresas, como é interessante notar nossa limitação quanto aos segredos da vida, isso ficou explícito quando me enganei com o caráter de uma pessoa que eu conhecia- ou achava que conhecia- "profundamente".
Enrolado na aspiral da dúvida somos jogados no tabuleiro do destino presos em espectativas, memórias, paixões e medo da morte, enraizados no espaço transcendental de nossas consciências refletimos sobre nosso caminhar nessa floresta de oxigênio e percebemos nossa infantilidade intelectual, fragilidade emocional, encantamento infernal, além disso percebi minha limitação em conhecer os jogos psicilógicos no teatro social que estabelecemos com nossas máscaras na vida, veio abaixo minha arrogância em relação a meus conhecimentos filosóficos, artíscos e morais do ser humano, sou mais um verme pseudo intelectual mastigando feses no intestino da existência a espera da putrefação do orgânico e do fim espiritual da consciência.
Sempre achei estranho pessoas que não olham nos olhos, isso me parece sinônimo de falsidade, algumas pessoas dizem que é timidez, mas no caso da pessoa aqui mencionada é pura falsidade mesmo, cheguei no baixio das bestas do caráter humana, o nível mais repugnante e traiçoeiro que existe no coração de um estranho ser que me deu provas da mediocridade, falsidade e falta de respeito que existe nas relações, vejo com clareza que minha curta passagem na terra ainda não me deu malícia suficiente, acabo passando por momentos que eu denomino de Forrst Gump, onde a ingenuidade toma conta de nossas vidas. Achar que enganar e jogar com as pessoas é divertido faz parte do caráter desse ser aqui mensionado e que passou despercebido pelo autor que escreve agora esse texto, porém seu erro foi acreditar que eu era mais um tolo que acredita na humanidade, eu desconfio de todos os seres humanos e sempre investigo suas vidas e intesnsões, vadia como a vida, mal caráter com uma vilã, dissimulada e manipuladora, você que tanto se irrita com meus textos que falam de você pare e pense bem nisso. Quanto ao que eu sei sobre você e suas mentiras vai além do que eu te falei, sei do que acontecia antes de nós, de seus contatos com uma certa pessoa que trabalha comigo e suas intensões com ele, o desabafo é puro exercício artísco para mostra a você o quanto eu te conheço.
"Se você tem tantas amantes eu também posso ser sua, já que já fui sua namorada."
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
FIM DO RELACIONAMENTO E O FERIADÃO DE 7 DE SETEMBRO
Uma pessoa que está acostumada a relacionamentos rápidos, intensos e sem compromisso tem dificuldade em namorar, o ser humano que está acostumado a "ficar" não tem um bom faro para escolher pessoas para um relacionamento mais sério. Sou um homem que me especializei em relacionamentos relâmpagos, rápidos e aventureiros, isso me coloca em uma situação delicada quando o assunto é o tal do namoro, para piorar sempre escolho mal e a minha última investida não poderia ser diferente, em minha odisséia terrestre caminho exdruxulamente pelo arco-íris sem cor dos relacionamentos fadados ao fracasso. Manter um relacionamento que já começa ruim e caminha para a destruição total é vertiginosamente complexo ainda mais quando uma das partes não gosta ou não não quer um relacionamento dito "mais sério" com o outro, quando uma pessoa não gosta da outra ou não quer namorar com a outra não adianta alimentar esperanças, criar falsas espctativas, o melhor é terminar o relacionamento e partir para outra etapa da vida, assim foi feito pelo autor que aqui escreve.
O que fazer quando se termina um relacionamento? Acho que não existe uma resposta acadêmica, filosofica ou cientificamente pronta, eu fiz o que faço com maestria, fiz as malas e viajei em busca de aventura em um feriadão prolongado, como é fácil esquecer das desgraças da vida quando se está acompanhado de amigos, álcool e muitas mulheres bonitas, afoguei minhas mágoas em bocas carnudas, em peles quentes e macias, penetrei em sonhos, ouvi prazerosos gemidos de ternura e me embebedei em suculentos abraços descompromissados, sou mais um ser exposto ao acaso ao inevitável jogo do absurdo, mergulhei em converrsas fúteis, bebi cervejas geladas que deslizavam por meus desejos mais escondidos.
Uma simples viagem ao mundo dos relacionamentos relâmpagos, estou de volta ao ofício de solteiro, sempre tive uma certa saudade, no fundo o que mais gosto de fazer é me apertar no mundo do prazer, conhecer a cada beijo um novo gosto de vida, uma mulher diferente, não digo que acho ruim um relacionamento como o namoro, mas no fundo me sinto mais avontade na liberdade de vários amores.
sábado, 4 de setembro de 2010
ENAITSIRC parte 2
Não me beije
Não me deseje
Não me ligue
Não me complique
Não me procure
Adeus
E até nunca mais
Não me deseje
Não me ligue
Não me complique
Não me procure
Adeus
E até nunca mais
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
VIDA PASSAGEIRA E SEM SENTIDO
O calor é infernal, ligo o ventilador e sinto uma onda de ar quente vindo até minha carne, chocolate, água gelada, música no pc e muita nostalgia vibrando em meus sonhos acordado, estou ouvindo concerto para uma voz, uma voz que não não diz uma palavra, mas diz muita coisa com sua harmonia, encanto e suavidade, lembro de minha infância, passeios de bicicleta com meu pai por setores de Goiânia, casas com vidros parecidos com os de igreja, na época eu ainda era uma ovelhinha e acredita em foraças do além, transcendentais e mágicas. Como é bom lembrar e se encantar com uma memória tão bonita, como é bom criar espectativas otimistas, sonhar com um futuro melhor, mesmo sabendo que a maioria dos sonhos não se realizarão, logo após esse meu estado meio Peter Pan sou jogado no objetivismo pragmático e forçado pela minha insana e depravada mente a despir a vida de seus belos e ingênuos sonhos, nostalgias e encantos. Olhando objetivamente a vida não tem beleza, é apenas uma passagem, seja pelo ponto de vista ateu, cristão, mulsumano, não importa, todos vêem a vida como uma simples passagem, seja para um inferno, um paraíso ou para o nada, para o fim da existência. Nesse últuimo caso fica claro também a falta de sentido da vida.
Uma vida sem sentido, como é complicado continuar teimando em existir já que não há um propósito na vida e o pior é que ela também é desencantada, não há mais magia, forças do além, deuses que regem e comandam essa nossa vida, logo ela também perde parte da beleza. Refletindo sobre isso podemos ir mais longe, nascemos sós e morreremos sós, a solidão que é algo tão crucificada é também uma das principais companhias em nossa jornada terrestre. Como não se desesperar ou entristecer com um quadro desses, uma vida caótica e sem sentido, ilógica, sem beleza e fadada a solidão, para piorar existe a consciência que nos leva a refletir e tomar conhecimento dessa realidade. Como continuar a "querer" existir em um mundo como esse?
Dançando comigo mesmo sou levado no embalo da valsa rumo ao fim do salão, lá me deparo com a falta de respostas e com a magistral pérola humana: a dúvida, escrevo não para dar respostas, mas para dividir dúvidas, mas tenho conclusões, que são mais "passa tempos" do que soluções, vejo como esse pessimismo maltrata e machuca a alma de quem lê esse texto, parece que a angustia que atordoa também mata aos poucos a alegria de viver, mas rir das desgraças e das contradições da vida é um belo exercício, não vejo com maus olhos tudo o que escrevi nas linhas acima, vejo isso como realismo, saber que somos apenas cuspes solitários num acidente cósmico, onde não um plano divino, porém apenas um tempo de vida. A beleza e o encantamento está em aproveitar cada rápido e intenso momento da vida, enchergar o prazer na passageira existência, não negar o dor e o sofrimento, tornando-os pedagógicos, pedras no terreno da odisséia terrestre. O amor e os poucos momentos de alegria que nos restas pode ser um sentido para a vida, mesmo que seja passageiro também e que morrerá com a carne e desaparecerá como lágrimas na chuva.
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