quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

NOITES BRANCAS


A solidão é tema universal, um dos males,ou beneces, da humanidade, ela é pintada com cores mais fortes quando associada ao amor, esse furacão que nos atordoa e nos tira do chão, temos então o encontro explosivo, uma combinação melancólica e profunda, que penetra na alma, amarga os sonhos e abre a possibilidade para a felicidade. Essa mistura está presente na história do filme NOITES BRANCAS de Visconti, na película temos logo de início a figura de Mário vivido por Marcello Mastroiani, um jovem tímido e solitário que vaga pela noite fria em busca de um ambiente para seus sonhos,pensamentos e solidão, nessa sua caminhada noturna ele encontra a apaixonada e também solitária Natalia( Maria Schel), ela está chorando, sua tristeza encanta Mario e logo ele simpatiza com a moça, nasce ai uma amizade e o amor de Mario por Natalia.
A vida nos prega peças, suas reviravoltas nos pega de surpresa, somos sempre jogados no caos do furacão, dentro desse movimento sem sentido ou final certo, com os protagonista não foi diferente, Mario fica sabendo que Nalia vem todas as noites ao mesmo lugar -uma ponte- para esperar a volta de seu amado que ela não vê a um ano, Mario passa a fazer companhia a ela nessas noites e até se compromete a enviar uma carta dela ao tal amado que acaba de chegar na cidade. Mas Mario no fundo quer é se aproximar de seu objeto de desejo, quer conquistar o amor da moça.
Num ambiente quase mágico e triste o filme se desenrola mostrando o drama desses solitários em busca do amor, em busca da felicidade, sonhadores e platônicos uma quer reencontrar o homem de sua vida que combinou de lhe encontrar na ponte, o outro conquistar a recem conhecida e dona de seus pensamentos, vagando pelas noites italianas essas duas almas feridas vão encontrar esperança, dissabores e um final que nos divide entre a alegria de um reencontro e a tristeza de uma perda.
Visconti criou uma pequena obra prima, com uma história simples o diretor mergulha no mais fundo poço do coração humano, com uma fotografia que privilegia a claridade vemos uma noite linda,sorridente, mas que trás dentro de si um ar melancólico soprado dos rostos dos protagonistas com suas dores e amores, impossível não se sembilizar com o filme e com seu final, a neve que cai nos últimos minutos de filme encantam e gelam as esperanças de um THE END feliz, Mario simboliza os solitário tímidos e sonhadores, assim como Natalia retrata as platônicas e ingênuas, dois personagens, dois seres em busca de algo nessa vida, um filme para ver, lembrar e quardar no coração.

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