quinta-feira, 28 de maio de 2009

Trilogia Mad Max e distopia


















O futuro como distopia, destruição, poluição, guerras atômicas. Visões apocalípticas. Assim é caracterizado o futuro em muitos filmes de ficção-científica, assim também é visto pelas películas da trilogia Mad Max.














No primeiro filme- de 1979 - temos um futuro "não muito distante" onde gangues de motoqueiros dominam as estradas, levando violência e caos aos tapetes de asfalto e cidades, com direito a cenas de estupro e assassinatos. No meio desse contexto temos o policial Max- Mel Gibson- com sua roupa preta e de couro que num tom heavy metal acaba sendo um precursor da caracterização "cyberpunk" no cinema. Max levava uma vida tranquila até que um amigo policial fica entre a vida e a morte depois de "bater de frente" com uma quadrilha de motoqueiros, o personagem de Mel Gibson acaba abandonando a policia e sai da cidade para morar no campo com sua esposa e filha, porém enquanto está viajando eles se encontram com os motoqueiros e isso leva a morte de sua esposa e filha em uma cena forte de violência, onde hermeneuticamente deduzimos o que aconteceu apenas pelo sapatinho da criança rolando pela estrada. Esse evento leva Max a loucurara- dai o nome Mad Max, "Max louco"- e com isso temos uma perseguição implacável, movida a ódio e vingança.














No segundo filme da série o mundo passou por uma guerra nuclear, o ambiente é pos-apocalíptico, os desertos da Austrália são o palco dessa distopia. O petróleo é o "ouro" nesse mundo e Max um viajante sem rumo, caminhando rumo ao deserto, rumo ao nada. Já as pessoas que ele encontra pelo caminho estão fazendo a trajetória contrária, estão abandonando as areias cálidas e indo rumo as "cidades". Nessa segunda aventura Max ajuda uma comunidade a transportar petróleo e ir de volta a cidade, fugindo de uma trupe de maníacos com um visual punk, ávidos por petróleo e sádicos em suas ações.














No terceiro capítulo da trilogia intitulada Além da Cúpula do Trovão o caminhante solitário continua sua odisséia rumo ao desconcido, em seu caminho há a cidade chamada Batertown, ela é governada pela personagem Entity vivida pela cantora pop rock Tina Turner, que além de atuar canta as músicas da trilha sonora como a já clássica" We Don't Need Another Hero" . Max entra na cidade para reaver seu meio de transporte que fora roubado, mas acaba tendo que ajudar Enttity em uma questão de luta de poder, acaba parando na "cúpula do trovão", uma espécie de ringue de batalhas; como resultado disso o herói acaba espulso da cidade o que o leva a encontrar um grupo de jovens em um pequeno oásis e ajudando-os a irem para casa.














A série Mad Max mostra uma visão distópica do futuro, onde o meio ambiente está desgastado, a violência é uma constante no cotidiano das pessoas, a civilização está imersa em um mundo de barbare e sadismo, as leis são colocadas de lado e a força é quem dita as normas. Além desses elementos temos um personagem anti-herói, amargurado e pertubado, que vive mergulhado na solidão, sem perspectivas ou sonhos, caminhando sem rumo, sem destino, pronto para chegar "a lugar nenhum', uma ótima metáfora do homem pos-moderno. A estética do deserto tem uma iluminação que previlegia o amarelo da paisagem que nos remete a solidão e ao vazio da destruição da civilização, a beleza dessas paisagens tristes se mesclam a cenas de ação empolgantes, onde carros retorcidos e motocicletas barulhentas correm pelas estradas ou pela areia quente, fervendo o filme com imagens de adrenalina e perseguições. Estamos falando de umas das séries cinematográficas de ficção-científica mais cultuadas da história.

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