Você seria capaz de aceitar a vida como ela é? Seria capaz de aceitar o eterno retorno do mesmo ? Então você está preparado para cair no redemoinho do caos, mergulhar nas águas escuras do absurdo e flutuar na fumaça radiotiva da vida.
Entre corredores vermelhos com portas azuis caminhamos rumo ao nada, sem chegarmos a finais cômicos ou utópicos e, muito menos, a "the end's" trágicos ou apocalípticos. A tragédia, comédia e desgraças estão durante todo o desenvolvimento da trama, permeia todo o ser da narrativa existencial humana. As alegrias, frustrações e pingos de exageros excentricos entram por nossas narinas e inflam em nossas vidas.
Sem desespero caminhamos pelo deserto, aceitando as dores, angustias, frustrações, alegrias e felicidades mundanas e seu eterno retorno, pois sempre voltam, um pouco mais cinzas ou cor-de-rosas, mas sempre voltam. O processo é constante, contraditório e dinâmico, mesmo nos momentos contemplativos! Entender isso é loucura, a ciência, a religião e até mesmo a ARTE somente nos dão lanternas para caminharmos na escuridão. O fato é que não conseguimos enchergar a verdade, a verdade em si, pura e eterna, pois ela não existe!
Aceitar a caoticidade desse turbilhão de cores psicodélicas e esse marasmo sem cor da vida é o grau máximo de maturidade que o ser que se auto-denomina humano pode chegar.
Negar essa ebulição metafisicamente terrena e materialmente transcendental é negar essa passageira e sem sentido viagem existencial chamada vida.
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