Seu cheiro impregna todo o meu ser, entra pelos meus poros, percorre minhas veias, ferve meu sangue. Você com esse seu olhar penetrante me desconcentra, tonteia, levanta, essa sua boca ardente e vampiresca me suga, aquece e estabelece uma dose de euforia e êxtase.
Seu cheiro sai pelo meu álito quente e ofegante, mecanicamente exponho minhas emoções em meu rosto, rosto vermelho de calor e tesão, suave de amor, sem preocupação.
Abro os olhos e vejo...fecho eles novamente e deixo meu corpo vendo por mim, sentindo sua língua em labaredas percorrer minha musculatura, seus dentes cravarem em minha pele,sua imagem se fixar em minha alma.
sábado, 30 de maio de 2009
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Trilogia Mad Max e distopia
O futuro como distopia, destruição, poluição, guerras atômicas. Visões apocalípticas. Assim é caracterizado o futuro em muitos filmes de ficção-científica, assim também é visto pelas películas da trilogia Mad Max.
No primeiro filme- de 1979 - temos um futuro "não muito distante" onde gangues de motoqueiros dominam as estradas, levando violência e caos aos tapetes de asfalto e cidades, com direito a cenas de estupro e assassinatos. No meio desse contexto temos o policial Max- Mel Gibson- com sua roupa preta e de couro que num tom heavy metal acaba sendo um precursor da caracterização "cyberpunk" no cinema. Max levava uma vida tranquila até que um amigo policial fica entre a vida e a morte depois de "bater de frente" com uma quadrilha de motoqueiros, o personagem de Mel Gibson acaba abandonando a policia e sai da cidade para morar no campo com sua esposa e filha, porém enquanto está viajando eles se encontram com os motoqueiros e isso leva a morte de sua esposa e filha em uma cena forte de violência, onde hermeneuticamente deduzimos o que aconteceu apenas pelo sapatinho da criança rolando pela estrada. Esse evento leva Max a loucurara- dai o nome Mad Max, "Max louco"- e com isso temos uma perseguição implacável, movida a ódio e vingança.
No segundo filme da série o mundo passou por uma guerra nuclear, o ambiente é pos-apocalíptico, os desertos da Austrália são o palco dessa distopia. O petróleo é o "ouro" nesse mundo e Max um viajante sem rumo, caminhando rumo ao deserto, rumo ao nada. Já as pessoas que ele encontra pelo caminho estão fazendo a trajetória contrária, estão abandonando as areias cálidas e indo rumo as "cidades". Nessa segunda aventura Max ajuda uma comunidade a transportar petróleo e ir de volta a cidade, fugindo de uma trupe de maníacos com um visual punk, ávidos por petróleo e sádicos em suas ações.
No terceiro capítulo da trilogia intitulada Além da Cúpula do Trovão o caminhante solitário continua sua odisséia rumo ao desconcido, em seu caminho há a cidade chamada Batertown, ela é governada pela personagem Entity vivida pela cantora pop rock Tina Turner, que além de atuar canta as músicas da trilha sonora como a já clássica" We Don't Need Another Hero" . Max entra na cidade para reaver seu meio de transporte que fora roubado, mas acaba tendo que ajudar Enttity em uma questão de luta de poder, acaba parando na "cúpula do trovão", uma espécie de ringue de batalhas; como resultado disso o herói acaba espulso da cidade o que o leva a encontrar um grupo de jovens em um pequeno oásis e ajudando-os a irem para casa.
A série Mad Max mostra uma visão distópica do futuro, onde o meio ambiente está desgastado, a violência é uma constante no cotidiano das pessoas, a civilização está imersa em um mundo de barbare e sadismo, as leis são colocadas de lado e a força é quem dita as normas. Além desses elementos temos um personagem anti-herói, amargurado e pertubado, que vive mergulhado na solidão, sem perspectivas ou sonhos, caminhando sem rumo, sem destino, pronto para chegar "a lugar nenhum', uma ótima metáfora do homem pos-moderno. A estética do deserto tem uma iluminação que previlegia o amarelo da paisagem que nos remete a solidão e ao vazio da destruição da civilização, a beleza dessas paisagens tristes se mesclam a cenas de ação empolgantes, onde carros retorcidos e motocicletas barulhentas correm pelas estradas ou pela areia quente, fervendo o filme com imagens de adrenalina e perseguições. Estamos falando de umas das séries cinematográficas de ficção-científica mais cultuadas da história.
sábado, 23 de maio de 2009
Arte
Ar quente que percorre meu inconsciente, penetra em meu coração e se espalha por minha imaginação. Como um orgasmo me leva ao delírio, como uma caricatura de monstro me assusta.
Do vulgar ao inusitado, do plástico ao organicamente humano. Humano, celestial, bestial, imaginário, assim ela arrebata meus sonhos, cria desenhos em minha mente, desenha minha realidade.
Explosão de suspiros de prazer, gritaria de pânico e euforia de alegria, com pitadas de sadismo e suportes de fantasias, rega meu jardim com água benta, esquenta meu corpo com labaredas infernais. Pinta, cola, filma, canta faz o nada surgir no meio da sala junto com o vazio do tudo, eterno, em si.
O fim, o clássico, o horror, assim me passa essa estética grotesca, limpa, estampada em preto e branco pelo arco-íris dos meus olhos.
A política, a ciência, a educação, o fantasmagórico, realmente surreal, abstrações do concreto verde e amarelo, sanguinário sopro de vida e alma nos corpos humanos.
sexta-feira, 22 de maio de 2009
solidão parte 2
Caminhando por avenidas movimentadas, esfregando minha massa corporal em outros seres que se movem freneticamente pelas ruas apertadas, desliso suavemente minha mediocridade pela massa alfáltica dessa cidade. Carregando litros de lágrimas suspiro minha solidão junto a multidão desgovernada.
Vejo olhares vagos, tristes, comovidos, apaixonados. Vejo que outras pessoas olham, mas não enchergam além da nebulosidade de suas mentes. Caminho junto a essa avalanche humana, sem lenço ou esperança. Grito baixinho dentro de minha angustia e calo o barulho do vento com minhas lamentações silenciosas.
Ando rumo ao deserto, junto ao sol escaldante de meus pensamentos, taradisses e utopias. Converso com minhas idéias desenfreiadas, loucas e amarguradas. Minha voz encontra a areia brilhante e some antes de chegar aos ouvidos humanos.
Vejo olhares vagos, tristes, comovidos, apaixonados. Vejo que outras pessoas olham, mas não enchergam além da nebulosidade de suas mentes. Caminho junto a essa avalanche humana, sem lenço ou esperança. Grito baixinho dentro de minha angustia e calo o barulho do vento com minhas lamentações silenciosas.
Ando rumo ao deserto, junto ao sol escaldante de meus pensamentos, taradisses e utopias. Converso com minhas idéias desenfreiadas, loucas e amarguradas. Minha voz encontra a areia brilhante e some antes de chegar aos ouvidos humanos.
VIDA BANDIDA
Não me bata com seu cinto de fogo e sua fivela de menosprezo, não me afogue em seu mal álito de solidão.
Me agrade, masturbe, acaricie.
Dentro de seus olhos reluzentes caio no turbilhão da epopéia, da guerra, aventura sem pressa, loucura! Odisséia.
Para mais tarde me sufocar na melancolia do seu abraço tristonho, na depressão de seus seios.
Saio correndo pelos destinos traçados, trapos rasgados de sua cabelera trágica, de seus Hamlet's sem graça, de seus palhaços tristes e com hora certa para chorar!
Mas sempre sou surpriendido pelo seu sopro de sarcasmo, por suas dentadas de ironia.
Dramaticamente choro por você, sorrio com você, fico sozinho em você.
Necessariamente sem motivo sua sacanagem e alegria, sua bucólica melancolia sorridente me faz tão mau que me sinto bem.
Que divindade mais demoníaca é o seu rosto.
Sua meretriz
Amante.
Vida!
Vivaz!
Viva!
E deixe morrer.
Me agrade, masturbe, acaricie.
Dentro de seus olhos reluzentes caio no turbilhão da epopéia, da guerra, aventura sem pressa, loucura! Odisséia.
Para mais tarde me sufocar na melancolia do seu abraço tristonho, na depressão de seus seios.
Saio correndo pelos destinos traçados, trapos rasgados de sua cabelera trágica, de seus Hamlet's sem graça, de seus palhaços tristes e com hora certa para chorar!
Mas sempre sou surpriendido pelo seu sopro de sarcasmo, por suas dentadas de ironia.
Dramaticamente choro por você, sorrio com você, fico sozinho em você.
Necessariamente sem motivo sua sacanagem e alegria, sua bucólica melancolia sorridente me faz tão mau que me sinto bem.
Que divindade mais demoníaca é o seu rosto.
Sua meretriz
Amante.
Vida!
Vivaz!
Viva!
E deixe morrer.
ADEUS
Adeus mamãe e papai;
Adeus prostitutas, bancários, professores de matemática;
Adeus para os que me mandaram calar;
Adeus para os que me estranharam calado;
Adeus burocracia bancaria, acadêmica e desnecessária;
Adeus amores platônicos e trepadas não consumadas;
Adeus teatro, poesia e música;
Adeus amigos e filhos da puta;
E se eu não morrer envenenado com o conteúdo desse frasco...
Esqueçam o adeus e vão para o diabo;
Adeus.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Olhos
Túneis que nos levam ao vazio da alma, corredores mal iluminados pela tristeza latente nos corações.Fogo ardente, bolas de fogo que ardem no ar do prazer e brilham na efervescência cômica, ganham colorido avermelhado nas passionalidades e nas tragedias e explodem em arco-íris sem razão exata, matemática.
Guia de conciências, aberturas para o mundo visível, cortinas para a verdadeira razão da vida.
Ilhas ardentes em mares gelados, levam o mundo para o fundo do crânio, projetam realidades no nada, nadificam a existência material em telas surreais.
Revelam melancolias,psicopatias e apatias.Janela para a sinceridade, esconderijo para lágrimas mal pensadas.
terça-feira, 19 de maio de 2009
Eterno retorno da vida
Você seria capaz de aceitar a vida como ela é? Seria capaz de aceitar o eterno retorno do mesmo ? Então você está preparado para cair no redemoinho do caos, mergulhar nas águas escuras do absurdo e flutuar na fumaça radiotiva da vida.
Entre corredores vermelhos com portas azuis caminhamos rumo ao nada, sem chegarmos a finais cômicos ou utópicos e, muito menos, a "the end's" trágicos ou apocalípticos. A tragédia, comédia e desgraças estão durante todo o desenvolvimento da trama, permeia todo o ser da narrativa existencial humana. As alegrias, frustrações e pingos de exageros excentricos entram por nossas narinas e inflam em nossas vidas.
Sem desespero caminhamos pelo deserto, aceitando as dores, angustias, frustrações, alegrias e felicidades mundanas e seu eterno retorno, pois sempre voltam, um pouco mais cinzas ou cor-de-rosas, mas sempre voltam. O processo é constante, contraditório e dinâmico, mesmo nos momentos contemplativos! Entender isso é loucura, a ciência, a religião e até mesmo a ARTE somente nos dão lanternas para caminharmos na escuridão. O fato é que não conseguimos enchergar a verdade, a verdade em si, pura e eterna, pois ela não existe!
Aceitar a caoticidade desse turbilhão de cores psicodélicas e esse marasmo sem cor da vida é o grau máximo de maturidade que o ser que se auto-denomina humano pode chegar.
Negar essa ebulição metafisicamente terrena e materialmente transcendental é negar essa passageira e sem sentido viagem existencial chamada vida.
domingo, 17 de maio de 2009
Olhos Azuis
Eles se fixaram em mim como ímãs, me desnudando e constrangindo, penetrando em minha carne como lâmina afiada, rasgando minha pele, perfurando minha alma.
como dois ceús, duas circunferências irritantemente lindas, esteticamente agradáveis, realisticamente transcendentais.
O mar secou frente a religiosidade pornográfica de suas cores, o chão tremeu ao impulso de meu coração com sua chegada, com esses dois planetas terra cravados em sua órbita celestial, em seu rosto angelical, nesse corpo ardente, infernal!
Esses dois olhos azuis, essa mulher sem cor, esse arco-íris de amor.
como dois ceús, duas circunferências irritantemente lindas, esteticamente agradáveis, realisticamente transcendentais.
O mar secou frente a religiosidade pornográfica de suas cores, o chão tremeu ao impulso de meu coração com sua chegada, com esses dois planetas terra cravados em sua órbita celestial, em seu rosto angelical, nesse corpo ardente, infernal!
Esses dois olhos azuis, essa mulher sem cor, esse arco-íris de amor.
sábado, 16 de maio de 2009
o fim da esquerda no Brasil
Com a Revolução Francesa vemos surgir os modernos partidos políticos e juntamente com esse processo é formada as tendências ideológicas de "direita"- conservadora- e "esquerda"-radical. No século XX, principalmente durante a guerra fria, a denominação direita e esquerda correspondia respectivamente a posições capitalistas e socialistas, onde conservador era aquele que apoiava não só o regime liberal como também o sistema capitalista e radical queria abolir o sistema do capital e de luta de classes.
Com a crise do marxismo enquanto teoria política e científica e do socialismo enquanto sistema socio-político e econômico veio também a dificuldade em caracterizar e identificar os partidos de "esquerda". Um exemplo claro disso é o caso do Brasil, em nosso país depois da vitória do maior partido de esquerda vimos que ele tomou medidas próprias dos partidos liberais, além das medidas práticas no campo sicial e econômico houve mudanças no próprio discurso.
A conclusão que chegamos é que não existe esquerda ou direita, mas sim situação e oposição, quem está no poder e quem está fora dele, discursos mudam a medida que mudam as conjunturas e alianças, sonhos com um mundo comunista são apenas sonhos em um mundo onde a realidade é capitalista, propostas revolucionárias dão espaço a prostas reformistas de caráter social-democrata.Assim caminha a humanidade.
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Conservador e Radical
Em política a palavra conservador é vista como algo pejorativo, estático, contrário a mudanças, a favor das elites no poder, já o radical-contrário do conservador- é visto como aquele(a) que propõe mudanças para a sociedade, que é contra a dominação dos que estão no poder. Visto de forma geral essas duas palavras fazem parte de um maniqueísmo da luta entre o bem e o mal, como por exemplo capitalismo e comunismo durante a guerra fria. Como já aprendemos com o exemplo de Ícaro devemos fugir dos extremismos, dessa forma entendo que as duas posturas estão presentes em nossas ações, não só em matéria de política como também na vida, seja no que diz respeito ao relacionamento entre amigos, educação dos filhos ou alunos e etc.
Muitos jovens que fumavam maconha e tinham posturas políticas anarquistas hoje são "caretas" e defendem posicionamentos ideológicos de "direita", a burguesia que era extremamente radical na Revolução Francesa vai ser aquela radicalmente conservadora após a tomada de poder. A história e nossa experiência de vida já mostram como não há apenas um posicionamento, estamos sempre mudando, não somos apenas conservadores ou radicais apesar de termos em mente que devemos levantar apenas uma das duas bandeiras. O que devemos ter é bom senso para sabermos que temos que ter mudanças e mente aberto para o que é novo, mas sem radicalismos extremados pois para que continue havendo sociedade é preciso um mínimo de ordem e conservação.
Muitos jovens que fumavam maconha e tinham posturas políticas anarquistas hoje são "caretas" e defendem posicionamentos ideológicos de "direita", a burguesia que era extremamente radical na Revolução Francesa vai ser aquela radicalmente conservadora após a tomada de poder. A história e nossa experiência de vida já mostram como não há apenas um posicionamento, estamos sempre mudando, não somos apenas conservadores ou radicais apesar de termos em mente que devemos levantar apenas uma das duas bandeiras. O que devemos ter é bom senso para sabermos que temos que ter mudanças e mente aberto para o que é novo, mas sem radicalismos extremados pois para que continue havendo sociedade é preciso um mínimo de ordem e conservação.
domingo, 3 de maio de 2009
Penetração
Como lâmina esse raio penetra em meu coração, faisca corpos luminosos em minha retina, desagrega a carne de minha alma. O sopro de ar fresco que bate em meu rosto se esquenta rapidamente com o contato de sua pele lisa e transparente.
Mergulho em suas águas azuis verdejantes, profundas e doces, deixo meu sexo ficar ereto em sua cavidade quente e úmida enquanto vibra a luz dessa lâmina cortante em meu coração.
Sua língua carnuda se afoga em minha saliva saciando sua sede de prazer e ternura, ofegante você murmura coisas profanas nos túneis do meu ouvido e grita senhas de fantasias púrpuras.
Rastejando como uma serpente os meus lábios percorrem as fendas de sua geografia, passando pelos seus planaltos sinto o terremoto de seu organismo abalado com minha chegada. Ao final sinto meus fluidos quentes deslizarem para seu mar e a onda de satisfação de seus beijos penetrarem em minha praia de areias sossegadas e molhadas.
Mergulho em suas águas azuis verdejantes, profundas e doces, deixo meu sexo ficar ereto em sua cavidade quente e úmida enquanto vibra a luz dessa lâmina cortante em meu coração.
Sua língua carnuda se afoga em minha saliva saciando sua sede de prazer e ternura, ofegante você murmura coisas profanas nos túneis do meu ouvido e grita senhas de fantasias púrpuras.
Rastejando como uma serpente os meus lábios percorrem as fendas de sua geografia, passando pelos seus planaltos sinto o terremoto de seu organismo abalado com minha chegada. Ao final sinto meus fluidos quentes deslizarem para seu mar e a onda de satisfação de seus beijos penetrarem em minha praia de areias sossegadas e molhadas.
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