segunda-feira, 7 de setembro de 2009

7 DE SETEMBRO REALISTA


Sete de setembro, independência do Brasil, data que leva alguns a nostalgia, ufanismo e amor a pátria, outros vêem essa data como uma grande mentira e colocam os problemas políticos e econômicos atuais como um simples desdobramento desse processo de independência frajuto. Extremismos a parte o certo é que a data tem uma importância histórica e política importante, é o primeiro passo para a construção do Estado Nacional brasileiro, ele é feito sem grandes mudanças socio-econômicas, além de termos como líder o herdeiro do trono português, mas não podemos esquecer que foi fundamental para a nossa formação política e de identidade.

Aqueles que criticam o sete de setembro tem razão no que se refere ao aspecto não revolucionário do processo, mas se enganam ao colocar a culpa dos problemas hodiernos apenas na independência, pois a situação política, econômica e social tem outros fatores relacionados a sua dinâmica e conservadorismo. Críticas de uma parte, romantismo de outra, temos que ter uma visão realista, o Brasil não se tornou uma pátria democrática e igualitária com a idependência, mas deu um passo importante para esse rumo com a separação de Portugal. Apesar do pieguismo não devemos jogar na lata do lixo nossa memória, ela faz parte de nosso cimento identitário e um povo sem história, memória e identidade é um povo sem orientação temporal e social e sem perspectiva política, é um corpo desgovernado sem chance de ir para frente rumo a uma melhor organização política, social e econômica. Se queremos ter uma democracia mais ampla e cidadão, uma economia mais igualitária e uma sociedade mais coesa e harmônica temos que ter uma ação política e uma mudança cultural, de mentalidade. Não podemos ficar apenas idolatrando o passado, ou jogando ele na caixa do esquecimento, devemos usá-lo como arma de transformação política e como parte de nossa tradição e cultura nacional.

Nenhum comentário:

Postar um comentário