sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Breve nota sobre o surgimento da polícia.

   A polícia surge no contexto da modernidade, da mudança de uma sociedade mecânica para orgânica, como diria Durkheim, burocratização e racionalização weberiana. Industrialização, colonialismo, urbanização e consolidação do Estado Nação, eis algumas características desse momento. 
   A polícia surge quando o capitalismo se torna um sistema mundial e as cidades industriais ficam cheias de marginais, proletariados e há a necessidade de um sistema disciplinador, como diria Foucault. Tanto para defender os bens da burguesia, e dos pobres também, e manter a ordem liberal capitalista; quanto para frear os crimes, a violência e o caos, gerado em parte pelo próprio sistema, pelas desigualdades e pela oportunidade aos mal caracteres; a polícia, essa criatura da modernidade, surge no eclipse do esclarecimento e na necessidade de controle social. 
   A polícia como principal elemento do monopólio da violência do Estado serve de forma instrumental aos interesses das classes dominantes e do próprio Estado, porém ela também tem um caráter social de defesa da vida, propriedade, direitos civis, liberdade e direitos fundamentais e humanos de todos, independente de credo, etnia ou classe social, mas, infelizmente essa segunda característica é limitada devido ao caráter classista, as desigualdade sociais e aos interesses dominantes, ou seja, os utilitaristas, instrumentais, mercadológicos e mesquinhos.

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