segunda-feira, 28 de maio de 2012

A NOITE


A noite encobre os românticos, as prostitutas, os desesperados;
A noite encobre os boêmios, os solitários, os otários;
A noite chupa o sangue, engole o prazer;
A noite vomita palavras sem nexo, terror ou sexo;
A noite brinca com a claridade, morde a castidade
A noite explode em mil megatons, em sons infernais;
A noite cai como uma luva, queima como álcool;
A noite tem brilho, o amor tem sua coragem;
A noite vem vindo, eu estou apenas chegando;
A noite grita no silêncio, escuta os sussurros góticos;
A noite não brinca, apenas grita, a noite é assim;
A noite não pede licença, goza a vida sem rancor;
O pôr do sol encanta, rasga o vel e planta um mel amargo;
A luz rasga a carne da noite, estupra os sonhos sombrios;
A noite já chegou, o sol está apenas dormindo em nosso coração;
Uma cor, uma rosa, um amor, um ar de inocência, uma noite sem decência;
A noite chama os vampiros, dá abrigo a mendigos, escuridão marginal;
A noite morre, o sol brilha lá fora, não sei mais quem sou;
Uma lembrança, uma nota, um relâmpago, desculpas
A noite é apenas uma lembrança, a memória acordou;
 A noite, a noite, amanheceu.
O dia, belo dia de canções, primavera sem noção
A noite, termina mais um verso;
A noite, beijo angelical nesse mundo anormal;
A noite, o dia, a madrugada gelada, mundo de ilusões.
A noite...Chegou em nossos sonhos, terminou nesse momento. Anoitecer, viver.

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