quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O SILÊNCIO DOS INOCENTES

Falar sobre determinados filmes é complicado, pois são endeusados por muitos, ou desprezados por alguns, acaba sendo uma tarefa difícil comentar ou analisar um cult que já foi objeto de tantos textos, paródias e reflexões diversas como é o caso do famigerado SILÊNCIO DOS INOCENTES, suspense que marcou época, ganhou oscar- que não quer dizer grande coisa- tornou-se modelo para o gênero nos anos 90 e mostrou para o mundo um dos personagens mais enigmáticos, famosos e bem interpretados, sim é dele que estou falando, Dr. Hannibal Lecter vivido pelo magistral Anthony Hopkins. O filme mostra uma aluna da academia do FBI, a agente Clarice Starling- Jodie Foster- que tem como missão conversar com Hannibal em um manicômio para obter informações relevantes para o FBI, mas ela não sabe que a verdadeira intensão  de seu chefe e mentor Jack Crawford é obter informações sobre um serial Killer conhecido por "Buffalo Bill".
O filme mostra um roteiro recheado de falas marcantes e uma tensão nos diálogos marcados pela presensa na tela do assustador e fleumático Lecter, as cenas onde ele contracena com Starling são de uma forsa dramática e uma tensão efervescente, a angustiada e dedicada agente em busca de respostas para seu caso é envolvida pela inteligência e pelos jogos do psicopata que já foi um grande psicólogo e que acaba envolvendo a personagem de Foster num jogo psicológico onde ela deve falar de sua vida em troca de informações sobre o psicopata Bill.
Muitos criticam esse filme por não ter a dose de suspense de outros do mesmo gênero, mas essas pessoas não enchergam que é nos diálogos e nas interpretações dos atores que está a grande sacada do filme, além de belas ambientações e uma trilha sonora que condiz com as cenas. O diretor Jonathan Demme criou um clássico memorável do cienma e eternizou um dos maiores e assustadores personagens da sétima arte com essa obra que é um mergulho na psique humana, com seus medos, ambições, crueldades, cinismo e inteligência, um estudo vivo com um anti-herói marcante e uma heroina angustiada. Destaque para os enquadramentos dos rostos dos personagens, principalmente de Lecter quando este fala pela última vez com Starling sobre Bill, o rosto de Hopkins toma conta de toda a tela com seu olhar frio e com sua fala calma e cheia de duplo sentido. Obra prima que merece todos os elogios, filme obrigatório para os cinéfilos e amantes do cinema de forma geral.

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