sábado, 21 de novembro de 2009

MACHISMO,CASO UNIBAN E ESTRUTURA SOCIAL

Quando criança me lembro de ver minhas tias e minha mãe falarem para as meninas "não façam isso, pois é coisa de menino", a divisão de tarefas e de brincadeiras era clara, existia um mundo masculino e outro femenino, essa divisão acaba se transferindo também para a mentalidade,criando barreiras,esteriótipos e discriminações, mas o mais engraçado é que isso acontece primeiro através da educação doméstica e essa é conduzida por uma mulher, a mãe.
Falar sobre machismo e a luta das mulheres por direitos iguais aos dos homens é chover no molhado, estamos cansados de ouvir falar disso,na mídia, nas novelas,filmes,em casa,nas escola, onde quer que você vá sempre terá alguém falando sobre o assunto, seja para criticar a intolerância, seja para falar mal do feminismo "subversivo".Mesmo sendo um assunto discutido de forma exaustiva ele ainda é atual e problemático, o mundo não deixou de ser machista, mesmo com alguns avanços na sociedade ocidental capitalista com a o movimento feminista e com o o Estado Democrático de Direito ainda é pequena as transformções ocorridas nas relações entre gêneros. Talvés sendo um pouco pessimista poderia dizer que é quase impossível expurgar o machismo da sociedade, já que ele nasce com ela, está enraizada na estrutura social e mental, faz parte do imaginário e da cultura de todos os povos, assim como a polítca, a religião e o outro mal histórico:a luta de classes. É complicado tentar acabar com algo que sempre esteve presente no mundo social como é o caso do machismo, porém isso não deve nos colocar em uma posição comodista e conservadora ao ponto de não fazermos nada para melhorar esa situação.
Recentemente um caso curioso e polêmico tomou conta da mídia, foi noticiado,comentado,criticado de forma exaustiva, foi o caso Uniban, aquele da menina que foi para a universidade com um vestidinho rosa curto e causou uma balburdia, com alunos agredindo e xingado a moça por causa de sua roupa. Esse fasto serve como exemplo de intolerância e machismo ainda presente em nosssa sociedade e no mundo, mesmo com a revolução sexual- e até poderia falar em banalização- movimento feminista, mudanças econômicas e socias, ainda vemos casos exdrúxulos como esse, verdadeiro absurdo contra a dignidade humana, está certo que muitos colocaram a questão do ambiente inapropiado para aquele tipo de roupa, mas nada justifica o preconceito ali demonstrado, ainda mais em um ambiente acadêmico.
Não tem como tampar o sol com a peneira, é óbvio e ululante que o mundo é machista, grandes empresas ainda são dirigidas por homens, os maiores salários são deles, a liberdade sexual é mais masculina do que feminina, até a imagem que temos de Deus nas principais e maiores religiões é de um Deus HOMEM, a mulher quase sempre vem como coadjuvante. Não nego que houve avanços nos últimos sessenta anos, as mulheres tiveram conquistas, mas ainda são pequenas frente ao mundo masculino, não podemos ser ingênuos ao ponto de acreditar que poderemos expurgar de vez e de uma hora para outra o machismo da sociedade, é uma luta constante e talvés eterna, assim como é a luta de classes e a busca da felicidade.

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