segunda-feira, 16 de novembro de 2009

LUZES DA RIBALTA


A vida é um cavalo que corre desesperado e sem rumo, com seu galope louco nos derruba e depois nos convida a montar novamente, algumas pessoas ficam mais tempo em cima desse animal, outras passam mais tempo no chão, é difícil controlar algo que não tem controle, enteder o absurdo e tentar organizar o caos, pois a vida é assim e nela não temos o total controle, no máximo tentamos nos compreender e caminhar nessa estrada sem fim.
Na caminhada da vida passamos por dissabores, alegrias,encantos e amores, paixões,tesões,dores e emoções, uma caixa de surpresas cheia de coisas conhecidas com suas contradições. Dentro desse redemoinho  é que somos jogados sem razão ou sentido e é a partir desse ponto que vamos falar de LUZES DA RIBALTA, filme dirigido por Charles Chaplin que também atua e compõe a trilha sonora.
No filme é nos apresentado Cavero, um palhaço decadente que já não faz mais sucesso, passa os dias a beber e afogar suas amarguras e decepções nos copos pela cidade, esse velho artista conhece Thereza, uma bailarina com problemas emocionais e que não consegue andar. Eles moram na mesma pensão e ele a encontra depois dela tentar suicídio, Cavero a leva para morar com ele e aí nasce uma grande amizade que levará os dois a darem um novo passo em suas vidas.
Thereza volta aos palcos e Cavero também, ela faz muito sucesso como bailarina, já ele não consegue o reconhecimento que tinha em sua profissão, além disso o amor nasce em seus corações, só que Cavero por ser mais velho e fracassado resolve se afastar da bailarina e deixar o espaço livre para Neville, um compositor que também gosta dela.
O filme não é a obra prima de Chaplin e nem tem a dinâmica e a força de filmes como LUZES DA CIDADE, mas é seu filme mais profundo textualmente, com sacadas filosóficas com uma poesia existencialista. O filme chega a ser verborrágico, mas isso não atrapalha o belo texto e algumas cenas grandiosas, como é a do último show de Cavero  e a cena final da película, que é emocionate.
Os personagens perdidos nesse mundo sem razão são o ponto alto do filme, com diálogos que refletem o absurdo e encantamento da existencia, como é o caso dos disrcursos de Cavero que diz que a a vida é um palco, a vida é desejo e não sentido, há espaço até para alfinetadas políticas como é colocada na frase onde o personagem de Chaplin diz que a massa é um monstro sem cabeça.
Um filme sobre as desventuras,amarguras e remomeços da vida que nos apresenta dois personagens metafóricos da existência humana, este clássico que é um filme menor na filmografia chapliana, é grande em conteúdo e lição de vida, sem ser uma obra de auto-ajuda. Destaque também dessa obra é a genial e espetacular trilha sonora que emociona e carrega o espírito humanitário dessa obra de arte cinematográfica. Chaplin é memso um gênio.

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