segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

De volta a Goiânia, longe da cidade fantasma, de volta a escrita.

Se deus esta morto tudo é permitido? Adoro perguntar, um texto, um contexto, uma vida, interpretar é mergulhar no texto, é refletir sobre o contexto lido nas linhas, nas palavras, parágrafos indecisos, dúvidas decisivas. Homems virando insetos, sexo com tuberões, cachorros estupradores, vinganças e rancores, saio de cidades fantasmas, fujo de pessoas mediocres e psicopatas, entrego minha alma a deus, ao demônio, ateu, nem alma tenho. Amor, tristezas, alegrias grotescas, belezas de janeiro, chuva, volto a morar em Goiânia, volto a terra de mulheres lindas, cinema, teatro, pessoas comuns, lierárias. Volto a sonhar, volto a questionar, nunca parei.

Ouço uma música, "eu nem sonhava te amar desse jeito," êxtase, excitação, tesão, momentos descolados, subterfugios para introspecção, contemplação de minha vida, charme discreto, sexo ocasional com pessoas a noite, filmes do Clint Eastwood, escrevo um livro,. espro um apelo, voltar ao meu aconchego me traz todas as coisas, lembranças, passado sem memória, o devir tem gosto de morte.

Talvez escrever seja perda de tempo, uma pessoa boçal e estúpida pensa assim, eu sou apenas mediocre e soberbo, escrevo por causa de meus desejos, desabafo do estômago, liberdade da consciência, contos, política, filosofia caótica, taras emocionais, cinema transcendental, metafísica do amor, dor sem choro, volto a escrever, volto a viver, em Goiânia perco os sentidos, vida sem limite, espero a morte chegar com um pouco de ironia machadiana sem realismo, sem fantasia, sem prestação, apenas um homem a caminhar rumo ao nada, Mad Max sem roupa de couro.

A felicidade não existe para sempre, são momentos, nesse momento estou feliz, tranquilo, volto a estudar, a viver as orgias da arte, o entretenimento da mente, mentiras da verdade, outra etapa, depois de uma ano cheio de altos, baixos e abismos subo novamente com asas de cera ao ceu cheio de ilusão, amores, dúvidas e poucas decepções, cheiro o ortelã, a liberdade e a angustia de viver, espero pela morte sem demora, sem ansiedade, vivo esses momentos de felicidade terrena com muita saudade do inferno que me fez crescer.

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