Não tenho verdades a pregar, mas somente dúvidas e angustias a compartilhar, a certeza é passageira, a verdade relativa, a morte o limite, a vida um caminho obscuro com um fim trágico, gargalhadas tomam conta do drama espetacular da respiração, a comédia do amor e a ironia da desgraça traçam seu perfil no mapa do acaso, no destino escrito. As respostas não satisfazem minhas dúvidas, a vida não toma conta do meu ser, sou condicionado por meus loucos, exdrúxulos e obcecados pensamentos a acreditar no caos universal que reina no mundo, a falta de sentido de nossa existência não é perfurada pela broca da religião, mas colorida pela psicodelia e poesia da arte.
Me pergutaram sobre a origem dos seres e do mundo, eu não tenho resposta, também não creio na magia religiosa ou em explosões cósmicas, convivo bem com a falta de respostas, com o pessimismo político e com a ficção-científica; não duvido da morte, do amor e da dor, apenas não tomo caminhos complexos ou explicações sem cor, percorro meus olhos nas estrelas, minha consciência voa em direção ao mundo, o mundo derrete em minhas mãos, surrealismo e tragédia enchem de riso e graça minha boca cheia de dentes, a linguagem pergunta em meu cérebro por explicações, minha voz só consegue proferir dúvidas, a pergunta é o começo e o fim da inteligência.
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