sexta-feira, 15 de abril de 2016

IMPEACHMANT

   Ouvindo fanfarras, brilhos solares, escuridões espaciais, cores bestiais, azuis angelicais...Pergunta, como era o mundo antes de mim? Antes de você?
   Era verbo que ecoava sem som pela boca do deus judeu, era uma ideia besta ser bestial, sexo com fantasmas, orgasmos sarcásticos em garrafas jogadas no mar, água salgada com lágrimas de políticos sem dor, amor, sem pudor, abre as pernas e pule o córrego do absurdo, da política partidária, da parte que não contém o todo, mas fala por ele, má fé. Sem religião, sem ligação, apenas materialismo vulgar, matéria é a base transcendental de meus pensamentos metafísicos que carregam a física dos atritos de ódios nesse Brasil de Casas Grandes e Senzalas globais, tecnológicas, analógicas, cyber sem punk, gritos de rancor.
   Depois de domingo tudo volta a ser o que sempre foi, som e fúria gritados num palco, sem sentido, sentindo sem reflexão, se refletisse não seria tão pequeno, medíocre, tão maniqueísta.
   Depois do impeachment será impedido de impelir seu corpo para o nada, nada faltará ao ser que do nada será tudo, todas as possibilidades da liberdade, essa angústia, essa avassaladora mentira da consciência que sempre fala a verdade e de verdade é intolerante com a alteridade, com a palavra que não concorda com o rosnar animalesco de seus pensamentos.
   O que era antes da civilização e da barbárie? Tudo, menos humano, mas o humano também pode ser coerente com a socialização, depois do bárbaro, do civilizado e do impeachment.

2 comentários:

  1. Meus parabéns pelo texto, meu amigo Clodoaldo. Saiba que tem em minha pessoa um admirador pela inteligência que tem e pelo exímio Policial que és. Grande abraço.

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  2. Belas palavras meu amigo Clodoaldo!!!

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