quinta-feira, 21 de abril de 2016

NOTA DE REPÚDIO ÀS NOTAS MENTIROSAS DA SECRETÁRIA DE SEGURNAÇA PÚBLICA DE GOIÁS.



Eu não poderia me calar quando pessoas não autorizadas e competentes, para falarem, gritam blasfêmias sobre posicionamentos de minha categoria. Essas pessoas, sejam elas membros das forças militares, da secretaria de segurança pública ou membros de sindicatos de delegados, falam de forma política, para preservarem status quo, poder, imagem partidária e pessoal, mas, não falam em nome da verdade, das mazelas, desventuras, faltas de estruturas e contingentes da polícia civil; por essas coisas somente os próprios policias poderiam, e podem falar.



Andam circulando notas oficiais e textos em mídias impressas e televisivas, dizendo que os policias civis não apoiam a campanha publicitária vinculada nos meios de comunicação pelo sindicato dos policiais civis, SINPOL-GO. Essas notas colocam de forma pejorativa as pessoas do sindicato e desmerecem as ações do mesmo, sem contar que brincam com a inteligência média do ser humano ao desmentir as críticas contundentes embasadas em documentos da própria instituição, que mostram o aumento da violência em Goiás, tentando tampar a incompetência e a falta de vontade política de nossos dirigentes, sejam eles políticos, burocratas ou chefes de polícias, em solucionar problemas internos de estrutura, contingentes, salarial, ou externo, diminuição da criminalidade.



Essas notas, citadas acima, são caluniosas, mentirosas e coerentes com o caráter subreptício de nossos dirigentes políticos, o governo do estado de Goiás faz isso com maestria, gasta dinheiro negado a educação, saúde e segurança em publicidade que só serve para o desserviço, camuflagem de falta de ação do poder público tornando público a conspurcação de nossa administração, o lodo nas paredes das piscinas da consciência que obnubilam a verdade.



Posso dizer, sem subterfúgios, rodeios e má fé, que por onde ando, com quem falo e leio  só ouço e vejo apoio ao sindicato, as suas ações, que diga-se de passagem, foram apoiadas e aprovadas em assembleia da categoria policial. Sem contar que a população de forma geral apoia e fica indignada com o descaso do Estado, do poder público, com a segurança, com o cidadão, com a dignidade humana, principalmente com a do servidor público.



Não poderia deixar de lado outra polêmica que denigre e nos deixa constrangidos, um sindicato que representa, no máximo, dez por cento (10%) dos policiais, no caso, os delegados, falarem em nome de todos policias e, ainda por cima, se acharem no direito de desmerecerem nossas ações, do sindicato que nos representa e de nossos votos em assembleia, pois, esses votos legitimam as ações publicitárias do sindicato, SINPOL-GO. O sindicato dos delegados de polícia de Goiás não tem competência para falarem em nome dos policiais civis, com exceção, dos próprios delegados. De forma respeitosa diria que eles poderiam mandar uma nota retificando o que está sendo vinculado nos meios de comunicação em nome do bom senso e do respeito que a intuição e os delegados tem, em nome da autoridade que seus cargos carregam.



Sumariando e concluindo, vejo estupefato declarações oficias dos políticos, burocratas e chefes de instituição polícia denegrindo os arautos da insatisfação, dos que lutam por melhores condições de trabalho e prestação de serviço à população. O sindicato dos policiais civis, os policiais civis e toda a população merecem respeito, pois somos um dos baluartes da segurança pública em Goiás.




sexta-feira, 15 de abril de 2016

IMPEACHMANT

   Ouvindo fanfarras, brilhos solares, escuridões espaciais, cores bestiais, azuis angelicais...Pergunta, como era o mundo antes de mim? Antes de você?
   Era verbo que ecoava sem som pela boca do deus judeu, era uma ideia besta ser bestial, sexo com fantasmas, orgasmos sarcásticos em garrafas jogadas no mar, água salgada com lágrimas de políticos sem dor, amor, sem pudor, abre as pernas e pule o córrego do absurdo, da política partidária, da parte que não contém o todo, mas fala por ele, má fé. Sem religião, sem ligação, apenas materialismo vulgar, matéria é a base transcendental de meus pensamentos metafísicos que carregam a física dos atritos de ódios nesse Brasil de Casas Grandes e Senzalas globais, tecnológicas, analógicas, cyber sem punk, gritos de rancor.
   Depois de domingo tudo volta a ser o que sempre foi, som e fúria gritados num palco, sem sentido, sentindo sem reflexão, se refletisse não seria tão pequeno, medíocre, tão maniqueísta.
   Depois do impeachment será impedido de impelir seu corpo para o nada, nada faltará ao ser que do nada será tudo, todas as possibilidades da liberdade, essa angústia, essa avassaladora mentira da consciência que sempre fala a verdade e de verdade é intolerante com a alteridade, com a palavra que não concorda com o rosnar animalesco de seus pensamentos.
   O que era antes da civilização e da barbárie? Tudo, menos humano, mas o humano também pode ser coerente com a socialização, depois do bárbaro, do civilizado e do impeachment.

domingo, 3 de abril de 2016

A MOSCA DA INTOLERÂNCIA NO BRASIL.



O sol nasce radiante, em poucas horas ele já esquenta as ilusões, aquece a preguiça dominical, lambe com seus raios lindos, brilhantes e cancerígenos tetos de casas dorminhocas, corpos sedentos por sexo, comida e cobertos de feridas. Enquanto aperto mecanicamente as teclas para cuspir palavras estúpidas, frases bonitas, razões apaixonadas, vejo uma criança correndo e sorrindo, a ignorância em relação ao mundo é uma delícia, ela saboreia cada momento dessa ignorância.
Mesmo quebrando a roda da rotina o domingo parece ser também um protocolo a ser seguido, sua indigência, seu rosto despreocupado e sua ânsia em não passar deixa o dia excepcional com jeito de mais um dia repetido, todos os domingos são iguais. Mas esse domingo também é igual aos dias comuns no quesito reflexão, pensar o mundo e ser pensado por ele, nessa fadiga de saber e saber que sei sabendo que sei vou rodopiando sobre mim mesmo e chegando cada vez mais profundamente em mim, dessa forma posso transcender sobre mim e chegar ao mundo, nesse mundo confuso, midiático, claustrofóbico e cheio de problemas em relação à alteridade.
Sei que a intolerância é uma constante, e sei que sei disso, minha consciência me faz tomar conhecimento de meu saber, dessa forma reflito sobre a intolerância e penso a mesma, tomar consciência dessa forma estúpida de ser é saber que o ser humano é estúpido sem saber, nossa razão camufla nossos arroubos apaixonados, nossas posições inconscientes, nossa razão que nos guia as vezes se esquece que também nos movemos mecanicamente.
Mas sem razão não há como refletir criticamente sobre nossas vidas, sobre nossos conflitos, sobre nossas barbáries do dia a dia. É racionalmente que tomo consciência do meu lado afetivo e de sua importância, é afetivamente que possuo meu corpo, minha mente e chego a conclusões racionais, transcendendo a pura passionalidade. Mesmo assim vemos pessoas racionais em um mundo racional se reduzirem a pura paixão, isso fica cada vez mais constante num mundo dividido politicamente entre os intolerantes “petistas” e antipetistas.
Essa semana vi uma notícia que me chocou, não foi a morte de uma grávida, estupro de um bebê ou mais um escândalo da operação “lava jato”; foi a recusa de uma pediatra em atender uma criança com o argumento, esdruxulo e mesquinho, dela, a criança, ser filha de uma pessoa filiada a um partido político, no caso aqui ao PT- partido dos trabalhadores. Isso me chocou, uma criança, que já era paciente dessa pediatra, não teria um atendimento médico por causa da filiação partidária de sua progenitora, ou seja, passou-se a escolher pacientes pela coloração política ou pela filiação partidária, isso soa no mínimo intolerante e imoral, para não dizer até criminoso.
A que ponto chegamos, sempre que nos chocamos ou nos desiludimos com algo fazemos essa indagação e sempre chegamos a mesma conclusão:  chegamos no ponto de onde saímos, da barbárie, por mais que tenhamos desenvolvidos técnicas industriais, construído edifícios filosóficos, artísticos e humanitários, por mais que tenhamos concluídos pesquisas científicas fundamentais para o desenvolvimento humano, chegamos sempre no menos digno, no menos valoroso, no menos humano; isso me lembra as críticas frankfurtianas, a dialética do esclarecimento esboçada na obra de mesmo nome.
Não acompanhei mais a polêmica envolvendo a médica e a filha da petista, mas vejo um momento crítico para a política, para a ética e para relações humanas no Brasil, independentemente do lado que estejamos, partidário ou não, temos que ter em mente a convivência, a relação e os direitos fundamentais de cada ser humana. Os dois lados da moeda estão desvalorizando o capital afetivo por agirem apenas com paixão e se esquecendo da razão. Pessoas que agem como a médica intolerante são como o personagem Seth do filme A MOSCA, são cientistas brilhantes que num ato afoito e passional se esquecem de tomar as rédeas de suas vidas e são unidas geneticamente a um inseto, depois vão se deformando, moral, psicologicamente e corporalmente até se reduzirem a um ser asqueroso, grotesco e deformado.