O calor permanece, mesmo o tempo estando nublado e cinza, mesmo ele estando com esse ar triste, melancolia repentina que se ajusta a solidão de uma tarde sem perspectiva, a tristeza reza, chora, grita e comemora, ela cai no abismo, reflete nosso falso sorriso, prima pela beleza grotesca, pelo feio, certeza que reina na dúvida de corações dilacerados de seres em pedaços, humanos descalços, sem graça pelas ruas da desgraça, assim reina em mentes e coraçõs.
Negar a dor e o sofrimento é de praxe do ser humano, a tristeza é vista com maus olhos, como o diabo no imaginário cristão, porém não há como negar a presença da dor e do sofrimento em nossas vidas e a tristeza também, pois são parte da vida, não porque está "escrito nas estrelas", mas por está presente na louca e caótica odisséia terrestre que chamamos de vida. Aceitar não é desejar, desejar ser triste é masoquismo, aceitar é maturidade, um passo decisivo para superar as paranóias e fraquezas infantis em relação a desgraças e sofrimentos. Aceitar a vida como ela é com seus altos e baixos é viver melhor e mais tranquilo rumo ao fim sem razão de nossas existencias.
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