quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

DÚVIDA, CONTESTAÇÃO E CONHECIMENTO.

Tem pessoas que não estão preparadas para a intelectualidade, para a busca do conheciemrento e saber, são pessoas bitoladas, toscas que estão mergulhadas na matrix, escolheram viver em um mudinho onde a verdade absoluta reina e a contestação é ignorada, a dúvida é algo demoníaco e o conhecimento um empecilho para sua limitação intelectual. Para as pessoas que não conseguem dialogar, que não conseguem questionar o mundo onde vivem e são intolerantes a idéias contrárias as suas só resta um lugar, A IGREJA, lá é lugar de ovelhinhas que não produzem conhecimento crítico, lá é lugar para gente que não contesta, pois no mundo intelectual, artístico, científico e filosófico não há espaço para intolerância em relação a idéias, pontos de vistas e discuções.
A dúvida é o motor da intelectualidade e do conhecimento, não há produção de idéias, descobertas, obras artíticas, científicas ou filosóficas sem a dúvida, mesmo o conhecimento e a sabedoria mais popular e empírica tem sua base na dúvida, mas para duvidar você tem que contestar, tem que ir contra o já estabelecido e solidificado, mesmo que seja para concordar com ele, não existe pessoa inteligente que aceite tudo como verdade sem contestar, sem duvidar, uma pessoa inteligente não é uma ovelhinha, é um ser que duvida e contesta, ignorância pensar que temos que abaixar a cabeça e acreditar em tudo sem colocar a prova o que está sendo colocado como verdade, certo ou verdadeiro. Sem a dúvida e a contestação não há conhecimento.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A VIDA COMO ELA É

A existência é mesmo um fardo muito pesado, carregá-lo nos deixa parecidos com Atlas segurando o mundo nas costas, mas não escolhemos nascer, sem razão chegamos ao mundo e por acaso morremos, deixamos todo esse caos, absurdo, loucura , amor e etc, mas não conseguimos aceitar a vida como ela é, sem sentido, vaga, duvidosa, uma loteria do acaso, sempre criamos utopias, teleologias, paraísos, mitos e destinos, temos que escapar desse caos e absurdo que é a vida real, temos que entrar em uma "matrix" e vivermos em um mundo menos estranho, mais romântico, não conseguimos viver com essa loucura e dúvida em nossas mentes.
A vida nos atropela, somos sugados para a existência, para o mundo do ser, tomamos consciência que há um mundo e que nós indivíduos existimos, mas o acaso  e a falta de sentido desse existir nos entristece, não tem um rumo, um caminhar programado, escrito nas estrelas, por isso criamos deuses, religiões, mitos, nos sentimos seguros quando damos uma finalidade a nossas insignificantes vidas, parece que temos mais segurança quando conseguimos explicar nossas origens.
Além de toda a magia contida no mundo religioso, o ser humano também não pode aceitar que é mais um ser no mundo como os outros, não pode aceitar que é apenas um animal que raciocina e cria cultura, ele tem que ser superior, não pode aceitar essa vida como ela é, por isso cria uma imortalidade que não tem, cria uma alma imortal, mágica e transcendental, espiritual, nega o mundo e a vida, endeusa um uma vida após a morte que não existe, já que a morte é morte e não caminho para outra vida, o ser humano não consegue aceitar que é um ser frágil que irá morrer como os demais, como um cachorro, uma barata ou baleia, ele tem que ser superior, filho de um fantasma a sua imagem e semelhança.
Como é engraçado acreditar que esta tudo escrito, traçado por uma divindade ou pelo cósmo, não há como esse parasita cultural aceitar o acasso, é muito triste para ele saber que não há um caminho como o progresso, o socialismo, o evolucionismo ou paraíso no fim esperando por ele, não consegue olhar para a vida como ela é, sem teleologias de progresso, evolucionismos ou caminhadas rumo ao apocalipse, não pode ver que há apenas momentos e depois o nada. É muito complexo aceitar a vida como ela é, sem deuses vagando no espaço sideral, demônios sendo responsável pelo mal que é humano, sem destino ou explicação para a origem da vida, é muito difícil aceitar que não há um SENTIDO na existência e que vamos simplesmente morrer, mas eu aceito a vida como ela é, por isso não sofro tanto com seu peso em minhas costas, caio no abismo sem gritar de desespero, apenas caio sorrindo para o caos que reina lá em baixo.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

FICÇÃO-CIENTÍFICA, UM PEQUENO RELATO

Meu trabalho é bom, mas mesmo gostando dele as vezes é chato ficar até mais tarde no espediente, mas mesmo assim o serviço é interessante, hoje foi um dos dias que fiquei até mais tarde, voltei para casa com aquela canceira rotineira, maneira como a preguiça que toma conta do meu ser agora, o sono e o desânimo caminham ferozmente, querem me vencer, mas eu aquento heroicamente para poder escrever mais esse humilde, pequeno e despretencioso texto, muito bem, cheguei mais tarde em casa, lavei minhas roupas, jantei e liguei o famigerado e quse arcaico aparelho de CD, coloco um dos meus "discos" preferidos e vou me deliciando com a música que penetra suavemente me meus ouvidos, mas ferozmente em minha alma sedenta por aventura, amor,loucura e contemplação do nada.
As músicas são pérolas jogadas aos povos e povoam as mentes, corações e corpos, mesmo o dos porcos, a música  que tocou em meu aparelho de som hoje é do genial VANGELIS, com sua armonia angelical e estrondos demoníacos, abalando as estruturas de meus sonhos, enriquecendo meus desejos de alegria, mas havia uma música em especial, uma que me fez sonhar de forma nostálgica e me atraiu para o lado mais fantástico, foi o tema de amor do filme BLADE RUNNER- O CAÇADOR DE ANDRÓIDES e foi essa música que me fez escrever esse texto.
A imagem e as lembranças do filme colocaram em minha consciência duvidosa e caótica a pergunta " como pensar o imaginário científico e a cultura contemporânea sem pensar na ficção-científica? A resposta foi uma sonora e estupenda palavra chamada "impossível", pois é mesmo impossível pensar no mundo atual sem pensar nessa corrente ou gênero artístico que marcou nosso imaginário  e gosto com obras mais do que clássicas, eu diria até obrigatórias na literatura, cinema, HQ e etc.
A ficção-científica surge no século XIX, ela é fruto da revolução industrial, da fantasia humana e é influenciada perla arte romântica, pelo gótico e pela aventura fantasiosa que povoa nossa cultura ocidental. No campo da literatura não tenho muito conhecimento em ralçação a esse gênero, mas li algumas obras interessantes, dentre elas estão ADMIRÁVEL MUNDO NOVO, O CAÇADOR DE ANDRÓIDES e NEUROMANCER. São obras instigantes, o admirável mundo novo nos leva a um futuro controlado pela biologia genética, onde somos condcionados no nascimento a pertencer a uma determinada "classe", o caçador de andróides nos leva a um futuro também pessimista onde homem e máquina são joguetes do acaso e mero acidente existencial, já neuromancer é o primeiro livro cyberpunk, mostra o mundo virtual como um segundo mundo, os marginalisados, drogados e o pessimismo existecial em relação as nossas angústias mais profundas, todas as obras aqui citadas tem um olhar artístico e belo sobre a ciência e seus problemas, avanços e sua relação com a vida humana, a miséria, a filosofia, o amor, a política e a existência.
No campo cinematográfico a produção de ficação-científica é imensa, temos um dos precursores o filme alemão METRÓPOLES, este nos coloca em uma sociedade onde a luta de classes é jogada em futuro expressionista, com uma história de amor no estilo "Romeu e Julieta" de fundo e uma imagem interessante sobre robôs, essa película é um clássico do gênero, apesar de ser um pouco chata em algums momentos. Além desse filme poderia citar algumas centenas, mas vamos nos prender aos clássicos ou aos que marcaram época.
Na década de 50 e 60 nos EUA fizeram uma "enchorrada" de filmes de ficção-científica que chamamos de trash ou B, eles são filmes de baixo orçamentos, com histórias fracas, elas eram uma mistura de terror trash com um fundo de fantasia artítica, neles víamos invasões de extraterrestres, monstros gigantes, insetos mutantes, tudo com uma qualidade duvidosa. Mesmo assim temos obras importantes e de boa qualidade como o pacifista e "bonitinho" O DIA QUE A TERRA PAROU e GUERRA DOS MUNDOS, todos os dois foram regravados recentemente.
No final da década de 60 foi feita uma das mais instigantes, filosóficas e misgteriosas obras da sétima arte, estou falando de 2001- UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO, o psicopata mais fantástico do cinema, o diretor Stanley Kubrick nos deixou essa fantasia cósmica qua salta da pré-história ao século XXI num piscar de olhos, com uma trilha sonora fantástica, um tema instigante e profundo ele nos presenteia com esse orgasmo sonoro, visual e filosófico sobre nossas origens, corrida espacial e psicodelia cósmica.
A década de 70 é de Lucas, Spielberg e Tarkovski, o primeiro inicia sua carreira com THX1138, nesse Lucas nos mostra um futuro desolador, onde o controle e o totalitarismo são crticados, depois veio a saga STAR WARS, série cinematográfica obrigatória para os cinéfilos e fãs de ficção-científica, na onda da corrida espacial o diretor cria um mundo fantástico que mistura a cultura romana, filmes de western, cultura japonesa e guerra fria em uma ópera espacial repleta de magia, com um fundo religioso os guerreiros JEDI são a atração desse colosso cinematográfico que até hoje leva muita gente ao delírio. Considerado o 2001 russo SOLARIS é uma fantástica e contemplativa aventura pela mente e humana que Tarkovski dirige com maestria, já Spielberg vai por um lado mais meigo e tradicional, com seus ET´S bonzinhos e sonoros de CONTATOS IMEDIATOS DO TERVEIRO GRAU, ele volta nos anos 80 com mais uma infantil, mas interessante visão nessa linha em ET.
Já nos anos 80 somos levados a ação em Exterminador do Futuro e com as continuações de Mad Max, Blade Runner nos coloca no conflito entre humanos e máquina de forma mais metafórica, onde a questão existencial é colocada em tons melancólicos em um futuro decadente e pós-moderno. Os anos 90 e o início do século XX também trazem filmes interessantes como MATRIX e sua visão cyberpunk sobre mundo virtual e futuro pessimista, além do tom filosófico, mas não vou me alongar mais, termino aqui esse texto dizendo que o imaginário cietífico e artístico está impregnando em nossa cultura através da ficção-científica que nos coloca os conflitos éticos como a clonagem, desafios como o aquecimento global, a luta entre homens e máquinas, questionamentos sobre a nossa existencia, seja de forma otimista, pessimista ou despretenciosa esse gênero nos leva ao deleite estético, ao belo e a reflexão.

sábado, 16 de janeiro de 2010

ESCREVER: MAGIA DA VIDA

Escrever é abrir uma porta para a imaginação, construir pontes entre o tudo e o nada, analisar a estrutura, compreender a conjuntura, fazer o indivíduo gritar em meio a massa. Como é gostoso sentir o sabor da vida em meio a letras, frases e diálogos bem escritos, excentricidades do vocabulário, simplicidades cotidianas, complexidades astronômicas postas em uma página. Escrever é falar com deuses que não existem, é calar frente a poesia que delira, é gritar para ventos coloridos, é discutir com idéias existencialistas, socialistas, masoquistas e todos os "istas" do maquinista das palavras.
Poder cantar as odisséias gregas, comemorar datas importasntes, ler bilhetes de amor, relatos de dor, sacanagens artísticas, filosofias políticas, escrever é dar uma corda para que essas pessoas possam se segurar enquanto balançam frente ao abismo do mundo. Dar respostas aos confrontos científicos, poder construir aventuras de ficção-científica, mergulhar em futuros já mais vistos ou em passados já esquecidos, eis a transcendencia da palavra escrita em nossa imaginação, com emoção, tesão e método sem razão.
Sim, a dúvida é mesmo o motor de toda a exuberante e caótica odisséia terrestre, a ciência, a filosofia e a existência são frutos da dúvida, o amor, o prazer e o belo são dúvidas da existência, e o escrever sobre isso tudo é uma rerspostas duvidosa sobre a falta de sentido da vida.
Viver é correr todos os perigos desse mundo, sentir dor e prazer, felicidades pontiagudas e tristezas circulares, escrever é somente um ato mágico que transforma e encanta esse desencantado mundo que vive na escrita e escreve sua vida no universo da palavra.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Morando em Porangatu

As mudanças tem seu lado positivo e o negativo, parece frase feita e óbvia, pior do que isso, é verdade, o que eu escrevi no início da frase não tem nada de original, poético, folosófico ou mesmo  charme natural e simples, mas é com ela que achei melhor começar esse meu texto de última hora.
Estou em uma kitnet solitariamente em frente a um computador, ouvindo músicas tristes, sim, você não leu errado, músicas tristes foi o que eu disse, sem contar que são bregas também, mas tudo bem vamos dar continuidade, estou na sala dessa kitnet, a cidade em questão é Porangatu, se estou aqui a passeio? Não, estou morando aqui, vim a trabalho, acabei de tomar posse em um concurso público, isso me levou a abandonar a família, amigos, as diversões noturnos de Goiânia para mergulhar no recanto do sertão, nessa municipalidade de calor, tranquilidade e falta do que fazer em um sábado a noite. Não quero dizer com isso que estou "no fim do mundo", apenaas estou em um lugar diferente da cidade onde sempre morei, que também não é a oitava maravilha do mundo, porém é onde eu me sentia em casa.
Vamos deixar de lado um pouco as queixas, o que importa é a visão de cultura, ou melhor de hermenêutica, não aquela textual, mas a empírica, a compreensão da cultura dou outro, como é interessante poder vivenciar de perto outros aspectos da cultura e das pessoas do meu estado que eu nunca entenderia atrvés de textos acadêmicos.
Enquanto escrevia as linhas a cima tive que atender o telefone, a distância faz com que as pessoas liguem mais, falar ao telefone agora é mais que uma rotina.
Esse é meu primeiro texto de 2010, não trás grndes debates ou parágravos bonitos, entusiasmados, loucos ou excêntricos, trás um relato simples, quase desnecessário, porém sincero.