Marionetes aguerridas, gritos enlouquecidos, palavras contundentes.
No âmago da eleição reina a alienação com a ação de destruir os argumentos em nome de discursos vazios.
Entre a esquerda e a direita temos a liberdade de escolher uma das botas que esmagará a emancipação.
Entre a burocracia partidária e o povo temos o voto como legitimação da pseudo falta de opção.
Não há espaço para antagonismo crítico revolucionário, apenas oposições de fachada que fazem pessoas comuns comumente brigarem por algozes diferentes.
A esquerda e a direita são nomes para o mesmo lado da moeda, todos governaram num Estado neoliberal, um com menos estado, outro com mais mercado, todos idolatrando o deus Capital num Estado mínimo para o social e máximo para os lucros.
Os dois lados são democrático representativos, os dois lados tem os extremos ditatoriais coo respostas autoritárias; de um lado uma ditadura de capitalismo de Estado com Cuba e CIA, do outro com ditaduras militares de capitalismo privado, como foi a do Brasil, ou as fascistas, como as italiana e alemã do período entre guerras.
Não há espaço para cidadania em nenhum dos lados beligerantes, mas eles brigam, dão tiros em caravanas, matam parlamentares defensores de direitos humanos, esfaqueiam símbolos de extrema direita.
Por fim temos o fim das eleições o fim das discussões e da luta, dormiremos o sono da manutenção da ordem, que desordena a verdadeira luta, dormiremos o sono profundo de hibernação até as próximas eleições, onde nos digladiaremos em nome de líderes, partidos e demais representantes das classes dominantes, que nunca dormem, sempre atentos para manterem a ordem e o progresso de suas fortunas.