quarta-feira, 29 de abril de 2009

IRREVERSÍVEL







Um estupro, uma vingança, três vidas mudadas de forma irreversível, essa é a sinopse do filme aqui tratado, simples e sem rodeio, mas não é a objetividade do assunto que disperta o interesse do espectador nessa película, é a forma como a história é contado que nos toca, sensibiliza, arrepia e surpriende.



No filme vemos uma narrativa não convencional, contada de trás para frente, a história é enriquecida com cores fortes, pulsantes, com uma fotografia repleta de tons vermelhos, de tons fortes, que combinam com a inquietação da câmera, com a vertigem de imagens "loucas" e dinâmicas, que nos tonteia, embriaga, enoja e emociona. Há também cores mais alegres, românticas e poéticas que fazem parte dos minutos finais do filme- que na verdade é o início da história!



Irreversível fala da busca de vingança do namorado e do ex-namorado de uma vítima de estupro, nessa busca por "justiça" temos uma explosão de temperamentos, uma pulsação de sentimentos e uma das cenas mais violentas já vista no cinema, a cena onde um homem é morto com um extintor de incendio. Além da cena já comentada há também a do estupro, nua e crua, com uma iluminação que decora as paredes de angústia do espectador e de dor da vítima.



Com um dos finais mais poéticos que eu já vi- que contrasta com a violência e brutalidade da primeira metade da obra- este filme é uma pequena obra prima do cinema fracês dirigido por Gaspar Noé e que tem no elenco Vicent Cassel e a belíssima Monica Bellucci.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

solidão parte 1

A mutidão passa por mim como uma onda, me sufoca, me abraça, me derruba. Eu olho para a massa disforme de seres pensantes, religiosos e políticos e fico pensando, meditando, fugindo. Fugindo da uniformidade, da aglomeração, da multidão. Massa. Sem noção.
As vezes sinto falto das gargalhads sem graça, motivo ou fundamentação, das opiniões, fofocas e reuniões. As vezes sinto falta dos seres que emitem sons hereges, preconceituosos, monstruosos, humanos. Sinto falta da multidão.
A solidão é o reduto de pessoas anti-sociais como eu, mas também é a sala de agonia nos finais de semana, é uma merda na privada social. A solidão é fundamental para nos juntarmos a nós mesmos, a nossas desgraças, angustias, anseios políticos e... fiquei sem palavras para completar meu raciocínio! Porém a incomunicabilidade com outros pessoas nos leva a tristezas, a lágrimas solitárias, soltas sem parentesco. A solidão tem seu papel fundamental em nossas vidas e também tem seu aspecto fantasmagórico em nossas existências.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

TOURO INDOMÁVEL







Em 1980 Mrtin Scosese realiza a sua obra prima ao lado de seu parceiro Robert De Niro, ator que conveceu Scorsese a levar as telas a história de Jake La Motta, um boxeador que conheceu a fama e a derrota tanto nos ringues como em sua vida pessoal. Robert De Niro é quem interpreta La Motta "o touro do Bronx", um homem de temperamento agressivo, de poucos amigos e ciumento, essas características irão fazer com que ganhe o título mundial de boxe , mas irá também destruir sua vida. Por ciumes Jack acaba brigando com seu irmão Joey ( Joe Pesci) por achar que este estava tendo um caso com sua esposa Vickie ( Canthy Moriarty).



Após ganhar o título mundiual de boxe Jake entra em decadência em sua vida profissional, começa a engordar e acaba perdendo o título. O ex-boxeador se torna um obeso dono de um bar, é abandonado pela esposa e vai parar na cadeia por se envolver com meninas menores de idade. Ao sair da prisão La Motta sobrevive de shows em bares onde conta piadas e cita autores como Shakespeare.



O filme é o melhor da parceria Scorsese-De Niro, filmado em preto e branco com uma bela fotografia e iluminação, tem como destaque as belas e sangrentas cenas de luta onde vemos o "touro" ganhar e perder lutas, títulos e sonhos. É um filme emocionante que coloca a vida de um homem que conseguiu destruir a propria vida, não é um relato sobre um herói ou sobre um monstro, mas sim um filme sobre um ser humano em seu auge e sua decadência.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

água seca

Minha boca está seca, o amargo que escorre pela minha língua e penetra na cavidade escura de minha garganta é seco, sem saliva, sem graça, desgraça, verborrágico como a palestra de um mudo, colorido como a visão de um ator desempregado. A vida deu um giro em torno do sol, minha garganta se encheu de palavras soltas, em minha boca nasceu lagos d'água cheios de peixes azuis, verdes e cor de rosas. Minha imaginação ferve com a gritaria de minha alma, alma encharcada de água viva que escorre pela minha boca. Minha estrondosa e pudica boca esta seca novamente, grito e escuto um estrondoso silêncio de minha tristeza agreste, seca, cinza e sem peixe. A chuva virá emcher meus poços e minha boca de alegria temporaria, de pingos de otimismos que irão secar.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

MeDo De ViVeR




Sempre achei que o grande medo dos seres humanos estava relacionado com a morte, com o fim, com o derradeiro suspiro de criatividade, prazer e desgraça, hoje vejo que há algo que aflige mais a humanidade do que o fim da existência, algo que angustia mais do que a idéia de não mais ter ideias, esse medo é o medo da própria existência!


Temos medo de não alcançarmos êxito em nossas escolhas profissionais, em sofrermos dores físicas em acidentes, temos medo de não sermos felizes, de sermos traídos ou de não conguirmos amar. A vida acaba sendo uma grande paranoia, uma frustração em potêncial.


Chegar a essa conclusão não é óbvio, só parei para pensar nisso quando me deparei com um racionalismo caustrófobico em ralação as minhas escolhas regrado a angústias ferrenhas em relação aos possíveis resultados decorrentes delas( escolhas).


Sem dúvida alguma o medo em ralação ao futuro é latente, mas o que mais preocupa as mentes pulsantes desse planeta é a felicidade- principalmente a amorosa. Quando pensamos sobre nossos relacionamentos temos uma tendência a racionalisarmos ele, a calcular todas as variáveis para vermos se vai dar certo, se vale a pena, se seremos felizes. O que falta é um pouco de risco, de intuição, de emoção. Não adianta tentar planejar nos mínimos detalhes todos seus paços, todas suas decisões, pois na maior parte é o acaso que vai decididir o resultado, e isso vale também para a vida amorosa.

domingo, 19 de abril de 2009

Somos eu

Jogado dentro dessa circunferência, isolado fora desse muro sem referencia, abalado pela falta de movimento, entregue ao nada que jorra de lugar nenhum e corre para todos os lados. A selva que emerge de meus pensamentos oxigena minha consciência, frutifica meus anseios, apodrece minhas amarguras. Esta ânsia por calmaria desacelera meus gritos por independência, meu isolamento no meio da multidão faz gritar meu silêncio dentro do meu apartamento cheio de recordações.
Sou eu.
Fui eu.
Agora somos "eu" e mais ninguém além de todos nós pensando em si mesmos dentro dessa circunferência azul e pigmentada com tons cinzas nos dias de chuva de meus pensamentos.

sábado, 18 de abril de 2009

GRAN TORINO







Clint Eastwood dirige e atua em mais um filme, o drama Gran Torino, nessa película o eterno cavaleiro sem nome conta a história de Walt Kowalski ( Eastwood), um velho que acaba de ficar viúvo e passa a morar sozinho em sua casa num bairro cheio de imigrantes orientais. Walt é um homem amargurado e ranzinza, ele tem problemas de relacionamento com a família e com os vizinhos, no caso destes últimos devido ao seu nacionalismo e preconceito. A relação com os vizinhos orientais muda depois que Thao (Bee Vang), seu tímido vizinho adolescente tenta roubar seu carro- o Gran Torino do título- ele acaba sendo forçado pela família a trabalhar por alguns dias para o senhor Walt e daí surge uma frutífera e diferente amizade entre os dois.



A obra discuti quetões sobre preconceito, amizade e relações humanas, dentro de uma perspectiva emocional, mas sem ser piegas, no filme Eastwood mostra novamente dilemas éticos e a questão da vingança, caracteríscas humanas que fazem parte do conteúdo de alguns filmes dirigidos pelo velho cowboy. O desenrolar do roteiro é um pouco previsível, mesmo assim o final do filme quarda uma certa surpreza.



Redenção e recomeço são palavras que se encaixam na caminhada do personagem protagonista que em sua velhice tenta redescobrir a amizade, a compreesão do outro e de si mesmo através de sua relação com seus vizinhos. Ao contrário do que já ouvi e li em alguns lugares esta não é a obra prima do diretor que já fez coisa belíssimas como OS IMPERDOÁVEIS e SOBRE MENINOS E LOBOS, porém é um bom filme, bem filmado e competente em fazer o que promete. Ao final do filme ficamos com a sensação de que a vida vale a pena, mesmo que seja tão curta e sem sentido.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

literatura de ficção-científica e distopia




A modernidade criou imagens de um futuro ordenado, higienizado, igualitário e feliz; utopias político-sociais, projeções de paraísos terrestres. O desencanto com os progressos científicos e com a organização social e política do século XX levou muitos a pensarem diferente dos românticos de plantão, esse desencanto está presente em alguns clássicos da ficção-científica.


Dentre as obras literárias do gênero ficção-científica temos duas obras fundamentais: Admirável Mundo Novo( 1932) de Aldous Huxley; O Caçador de Andróides( 1968) de Philip K. Dick.


No livro de Huxley temos um futuro estremamente organizado e higienizado controlado pelo condicionamento psicológico e pela determinação genética, nesse adimirável mundo novo descrito pelo autor a sociedade não é mais dividida em classes sociais, mas sim em classes genéticas: Alfa's, Beta's, Gama's e etc. O livro toma impulso e dinamicidade quando entra em cena o "selvagem" John, um homem que não foi concebido dentro de tubos como as pessoas "normais" e que se deleita com leituras proibidas como por exemplo Romeu e Julieta de Shakespeare.


O Caçador de Andróides de Dick faz parte do movimento new wave que tem como algumas de suas características o "indivíduo", as ciencias humanas, existencialismo e crítica social aos moldes da contra cultura dos anos 60 e 70 do século XX. Na obra de Philip é mostrado um planeta arrasado pela radiação, pela sujeira, grande parte dos seres humanos imigraram para outros planetas, ficando aqui os "degenerados", os retardado" e os teimosos que não querem ir embora. A história do livro gira em torno de Rick Deckar, um caçador de recompensas que tem como missão "assassinar" androides rebeldes que fugiram de uma colônia espacial rumo a Terra. Com um ar de filme policial noir o livro trás treflexões existencias sobre a relação homem-máquina, sobre a possibilidade de os andróides terem "alma", sonhos", ou mesmo "amor". Esta obra influenciou o filme Blade Runner.


O Que as duas nerrativas têm em comum? As duas mostram um futuro distópico, o de Huxley é permiado pela falta de liberdade e pelo determinismo biológico, já o de Dick é expressado pelo ambiente pós-apocalíptico, onde a natureza está praticamente morta, grande parte dos animais foram extintos e o sintético, o simulacro do real é que sobrevive. Além disso os dois livros pensam a questão do indivíduo dentro da sociedade, o Admirável Mundo Novo faz isso através da visualização de uma sociedadee totalitária onde não há espaço para o individual, já o Caçador de andróides coloca as aflições individuais e existencias em palta utilizando os androides como metáfora.


Koyaanisqatsi; direção: Godfrey Reggio (1983)



Documentário que se apoia somente em imagens e músicas( de Philip Glass), com panorâmicas que nos mostram os movimentos da natureza em cãmera lenta e com planos de conjunto e com profundidade a vida frenética e descontrolada das cidades nos é apresentada. Diminuindo ou aumentando a velocidade das imagens o filme nos leva a vertigem ou a contemplação desse mundo no qual vivemos. Seja com imagens em câmera lenta como de pessoas anadando nas ruas, ou imagens frenéticas de carros em movimento, o filme nos leva ao êxtase e a reflexão.Destaque para a imagem da lua passando pela câmera estática e se escondendo atrás de um prédio.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

soldados

Estou andando, em minha frente corpos apodrecidos, carnes dilaceradas, mentes vazias. A trás de mim uma saudade, uma vontade. O odor que penetrava em minhas narinas vinha acompanhado pelo gosto dos vermes que mergulhavam na massa amorfa e decomposta em minha frente.
Alguns tinham sido mortos com tiros na nuca, outros foram estuprados, torturados e mortos com um tiro na nuca. Todos tiham sido assassinados, todos já não sonhavam mais...
Amanhã vou embora para uma terra distante, açucarada, em baixo do arco iris, perto dos cogumelos cor de rosa, longe da casa cinza. Amanhã estarei longe dos corpos que ajudei a enterrar, do sangue amargo que pingava em meus pés, dos homens que gritavam de dor enquanto eu sorria. Gargalhadas de desespero, tiros na noite, corpos inertes, vidas perdidas, perdidos soldados para o mundo dos mortos.
Amanhã estarei longe da guerra, não pegarei mais nas armas que me empolgavam, vou respirar outros ares e tentar esquecer das nucas que serviram de alvos para minhas saudáveis sandices sádicas, sacras, assassinas.
Enquanto atirava naqueles soldados desarmados minha alegria se esgotava, não sorrio mais. Só me arrependo de ter saido antes das torturas e só voltado para dar fim aos suspiros daqueles soldados.
A guerra acabou, só sobrou manchas vermelhas em minha memória, simulacros de doces momentos no inferno.

Quando Eu Chorei


A vida nos leva a muitos dissabores e tristezas, é impossível não chorar em algumas situações. Mesmo admitindo a posibilidade do choro na vida também tenho que admitir que chorei pouco, talvés devesse falar mais precisamente da minha adolescência e vida adulta, pois na infância chorei muito.

Algumas pessoas acham que sou duro de mais, machista, um coração de pedra, não me emociono fácil com a vida, cair em prantos então é algo quase inimaginável se tratando da minha pessoa. Perdas, mortes de pessoas queridas, separações, amores, nada me leva ao limite das lágrimas.

De uma forma geral a vida é desencatada para mim, o pouco de encanto e magia que existe nessa existência terrena está na arte, somente ela me emociona. Algumas músicas, obras literárias e filmes conseguem me sensibizar, sou frágil diante da beleza da arte! Mesmo assim é difícil encontrar uma obra artística que me leve as lágrimas. Uma das poucas realizações artísticas que obtiveram êxito na tentativa de fazer verter mares emocionais de meus olhos foi o filme CINEMA PARADISO. Não pude, e aida não posso, me controlar diante do carísma dos personagens, da doçura e encantamento da trilha sonora, o filme me leva aos cantos mais profundos da minha infância, ao lúdico e colorido esconderijo da minha vida adulta. Por mais machista e durão que eu seja tenho que admitir que fico extremamente emocionado com essa película, ela me leva ás lágrimas.

sábado, 4 de abril de 2009

Arrependimento

Na vida parece que sempre tomamos cuidado com nossos atos para não nos arrependermos depois, mas quando ligamos o carro desgovernado de nossa memória a freada mais brusca acontece bem na esquina da "não ação", ou do ato pensado, porém não realizado. É fato, nos arrependemos muito mais das nossas omições, das palavras não ditas, do beijo não dado, da pergunta não feita, do texto não escrito. É tanta negação ligada ao arrependimento que nos faz até esquecer dos atos realizados e reprovamos depois.
Não há a intenção nessas poucas linhas em persuadir você caro e ilustre leitor a agir de forma louca e impensada só para não se arrepender depois pelos atos "não realizados" por você, há sim a tentativa de mostrar o quanto somos medrosos e deixamos passar grandes opurtunidades na vida.
Para ilustrar o que foi dito acima colocarei um pequeno trcho da letra da música jura secreta interpreta por Fagner:
Só uma coisa me entristece
O beijo de amor que não roubei
A jura secreta que não fiz
A briga de amor que eu não causei

sexta-feira, 3 de abril de 2009

ESTADO- UM MAL NECESSÁRIO

Sonhar com o fim do Estado é interessante, poder imaginar um mundo onde não precisemos mais de poderes constituidos, leis, coerção e impostos é realmente maravilhoso. Mas como seria esse mundo sem o Estado? Realmente não consigo imaginar uma sociedade sem ele, mesmo em uma tribo indígena há hierarquia, chefes, leis e coerção.
Pensar uma organização social sem a participação do Esatdo é de uma infantilidade total. Em todas as épocas e povos sempre houve a presença do poder político ( claro que não incluo o período "pré-histórico"), não existe coesão, identidade e participação em um mundo sem a existência dele.
Falar em sociedade é falar em Estado, eles surgem quase que simutaneamente, infelizmente surge també as desigualdes socias. Dessa forma fica descartada uma possível sociedade anarquista, comunista, ou qualquer outra do gênero, mas não podemos abandonoar o sonho de construir um mundo melhor, menos desigual, corrupto e onde o Estado sirva mais ao bem comum do que aos interesses de alguns. Devemos incluir ainda nesse sonho "possível" a participação popular, já que em nossa democracia é mais teórica do que prática!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

cinema e violência- ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ







A violência sempre foi um dos temas do cinema, mas últimamente vemos uma abordagem diferente da mesma. Essa mudança acompanha as modificações da industria cinematográfica juntamente com novas linguagens e estéticas audio visuais. Além dssas transformações temos também a própria mudança da sociedade contemporânea com uma nova ( ou novas) forma de violência, o que leva também a novas representações sobre o tema.



A partir da década de 70 os filmes que abordam a questão da violência ganham novas roupagens e abordagens, como no caso da ficção-científica laranja mecânica, filme que mostra a violência gratuita de jovens em um futuro próximo, outro exemplo do mesmo gênero é a triologia mad max, que como o próprio título já diz (Max louco) trata da loucura do mundo moderno, no caso representado em um futuro onde a lei não têm vez e as gangs dominam as estradas, para piorar, a partir do segundo filme da série temos uma guerra nuclear que leva ao fim a organização social que conhecemos e faz brotar um mundo pós apocalíptico.



No Brasil recentemente houve experências na área cinematográfica que refletam sobre a questão da violência, dois exemplos rápidos seriam cidade de deus e tropa de elite. Mas além de constatar e representar visualmente esse novo mundo violento o cinema também traz a visão de uma geração passada, geração essa que também viveu em uma sociedade onde havia violência, porém não se conformam e se adaptam a essa nova realidade, a essa nova violência totalmente caótica, brutal, sem lógica e crescente. É dentro dessa perspectiva de conflito de gerações que o filme ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ é feito.



O filme é de 2007, em sua sinopse temos um caçador que encontra uma maleta cheia de dinheiro e resolve ficar com ela, só que atrás dele acaba indo um assassino psicótico e sanguinário, no meio desse acontecimento há a presença de um cherife local que irá investigar o caso. Pelo resumo parece mais um filme de sessão da tarde, mas na verdade trata-se de uma verdadeira obra prima, que focaliza a ganância e a ingenuidade do caçador Moss ( Josh Brolin); o caos, a brutalidade e a falta de lógica da violência atual encarnada no personagem Anton Chigurh vivido magistralmente pelo ator espanhol Javier Bardem, e finalmente a perplexidade e o conflito da geração passada com esse novo e estranho mundo de violência encarnado no xerife Tom( Tommy Lee Jones).



Além de um roteiro bem amarrado, de uma visão crítica e de uma bela e discreta trilha sonora o filme é primoroso em belos enguadramnetos e uma fotografia maravilhosa que realsa principalmente as paisagens naturais do texas.