terça-feira, 31 de março de 2009

SINAL FECHADO

O mundo moderno tem como uma de suas características a rapidez e dinamicidade, junto com esses ingredientes temos o maior aproveitamneto possível do tempo para a produção de valores , ou melhor dizendo, de capitais. Tempo é dinheiro.
No meio desse turbilhão os indvíduos perdem certos laços de sociabilidade deviddo a agendas cheias, falta de tempo. A correria do dia a dia nos afasta um pouco do convívio dos amigos, família, ás veses não sobra tempo para nós mesmo!
A música sinal fechado do magistral Pulinho da viola nos mostra uma situação do cotidiano, uma metáfora do que foi dito nos parágrafos anteriores desse texto. A letra da referida música é um diálogo entre dois amigos que a muito tempo não se viam e acabam se encontrando em "um sinal fechado". Eles aproveitam os poucos segundos que tem e se cumprimentam, trocam rápidas informações sobre suas vidas e tentam marcar um encontro para colocarem "a conversa em dia". A melodia do violão nos leva a angústia de quem tem pouco tempo para falar, é como se a qualquer momento fosse abrir o sinal do semáforo.
Os versos bem elaborados e sintonizados com a música refletem a falta de tempo para o lazer, além de colocarem a perspectiva capitalista de busca de sucesso em seus respectivos empregos, como é bem explicitado no seguinte trecho:
"Olá, como vai?
Eu vou indo, e você, tudo bem?
Tudo bem, eu vou indo correndo
Pegar meu lugar no futuro. E você?"
Pegar meu lugar no futuro, esse pequeno pedaço do texto já revela a tônica de nossos dias, o objetivo que movem essas engrnagens humanas no mundo capitalista. Paulinho deixa para a MPB uma das maiores pérolas já feitas no campo musical, não é atoa que até o mestre Chico Buarque a regravou.

Abaixo vai o link para vc ouvir a música no you tube:
http://www.youtube.com/watch?v=IEUPH1A7YkM&feature=related

segunda-feira, 30 de março de 2009

trecho de uma peça escrita por mim

H1: sinal fechado,são apenas 30 segundos,míseros 30 segundos roubados de sua vida;não parecem nada tomando como medida toda a sua desgraçada e sem graça existência.Mas em 30 segundos você roda o carrossel de lembranças de sua infância, move o moinho pornográfico da sua imaginação,desliza nas nuvens de algodão dos sonhos encantados,escorrega no na lama de infelicidades e frustrações do seu porco,sangrento e desgovernado passado.Em 30 segundos.......H2: Você não bate uma punheta , você não apresenta um trabalho na faculdade,não convence as pessoas que o progresso é uma lata vencida e a decadência nem vende mais.Em 30 segundos não convenço ninguém que a vida é uma merda e que o suicídio não é papel higiênico.Em 30 segundos um deus não faz um mundo,nem um santo destrói um.Mas sem dúvida alguma(ou com todas as dúvidas possíveis) é tempo suficiente para se irritar com excentricidade da monotonia e mandar a rotina tomar no rabo!

televisão




É senso comum criticar a televisão, colocá-la como um produto alienador, despolitizante, sem conteúdo pedagógico, cultural e humanizante. Uma verdadeira desgraça da cultura de massa. Mas há alguns que vão contra essa corrente "dominante", alguns que rejeitam a tese de que a tv é um "mal" acabam romantzando e glorificando-a como a 8ª maravilha do mundo, já que ela inseriu grande parte da população no mundo do entretenimento, facilitou o acesso a informação e democratizou este, porém há quem discorde em parte desse grupo, e é neste grupo que me encaixo.




A televisão realmente é um produto de massa, esta mais preocupado em audiência do que com conteúdo, mesmo assim acaba produzindo bons produtos culturias como exceção a regra comercial na qual ela está inserida. Tomo o meu caso como exemplo. Realmente a "caixinha de sonhos" tem uma preocupação econômica que se sobrepõe a interesses artísticos, culturias, pedagógicos e de acesso a informação, porém ela acaba dando espaço para que pessoas que querem realizaer um bom trabalho no ramo televiso possa colocá-lo em prática; vamos ao meu caso. Aprimeira crítica construtiva que vi sobre a estrutura agrária e o coronelismo e sobre a religião foi em uma novela da globo chamada Roque Santeiro, os primeiros filmes de Hitchcock e Almodovar que assisti foram graças a televisão. Nunca vou me esquecer do seriado jornadas nas estrelas que passava no final dos anos 80 e que foi responsável pelo meu interesse em ficção-científica.




Como uma faca de dois gumes a televisão se reparte em frentes opostas de interesses e resultados, cabe a nós telespectadores "garimparmos", classifiarmos e escolhermos o que é "bom e o que é "ruim " para nós, ao invés de simplesmente criticar ou glorificar a tv.

domingo, 29 de março de 2009

notas rápidas

O ceú azul me cobre com sua contemplação, olho para dentro de mim e ouço as distoções psicodélicas da minha vida traduzidas nas músicas de pink floyd. Abro os olhos, o telhado azul se camaleoa, se tranveste em cinza, da cor da minha vida. Olhos verdes, pele escura, seu álito chega até minhas narinas; já é noite.

As espumas flutuantes de meus pensamentos vagueian por nuvens de algodão, por cicatrizes de coraçãos que viveram com intensidade, o ceú não é mais azul, a água precipita, é mais um dia chuvoso e eu escrevo para materializar o que não sinto, a vida é mesmo assim. E mesmo assim escrevo.

BLADE RUNNER











Ao lado de 2001- UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO o filme BLADE RUNNER pode ser considerado uma das obras máximas da ficção científica.O futuro é desolador, a ambientação meio gótico e soturna nos revela um mundo decadente, onde o progresso nos levou a regressão. O planeta é um aquário para a escoria da humanidade, para aqueles que não puderam ir embora para as colônias fixadas em outros planetas. Nessas colônias, androides( chamados aqui de replicantes) são usados como mão de obra escrava. Alguns deles se rebelam e voltam para a Terra.Deckarde( Harrison Ford) é um caçador de andróides aposentado que volta a ativa para eliminar esses replicantes.O filme é pontuado por uma visão pessimista do futuro, onde a melancolia estridente do saxofone da música composta por Vangelis quebra o silêncio de personagens instrospectivos e solitários, como a androide Rachel( Sean Yuong) que acaba se envolvendo emocionalmente com Deckard e Roy( rutger hauer ), replicante que procura o seu CRIADOR em busca de resposta para sua existência e em busca de mais tempo de vida.Obra que mistura filmes policias noir com temas e estética cyberpunk, Blade Runner é uma metáfora existecialista, uma ficção cientíca desoladora e angustiante; uma obra prima!

8 1/2


Obra prima do diretor FELLINI 8 1/2 é uma viagem surealista, sonho, poesia e lembrança; onde o real e o imaginário se fundem numa deliciosa narrativa sobre um diretor com dificuldades criativas na elaboração de um novo filme, este diretor é Guido (Marcello Mastroianni). O filme mostra as dificuldades de criação de um filme e abre espaço para uma reflexão existencial, sobre a dificuldade de amar, sobre a tristeza ou alegria que é a vida.Nessa monumental obra vemos o intrelaçamento da lembranças da infância de Guido se misturarem sonhos e delírios, como a cena do arem onde o personagem com um chicote explode em uma fantasia de sadismo e sublimação ao som da cavalgada das valquirias( música de Vagner que também aparece em APOCALISE NOW!).A vida é filme ou o filme é a vida do diretor? Essa reflexão percorre o filme como a câmera percorre na orizontal mostrando a realidade fantasiosa de Fellini.

FILME: HIGHLANDER- O GUERREIRO IMORTAL




Os anos 80 pariu uma infidade de filmes "cults", alguns deles verdadeiras obras primas: BLADE RUNNER, o italiano CINEMA PARADISO, e o policial OS INTOCÁVEIS; já outros são apenas filmes rasoáveis e que são cultuados como os GOONES e a série SEXTA FEIRA 13. No meio desses "clássicos" de ssessão da tarde está o cultuado HIGHLANDER, filme razoável que está longe de ser um "CLÁSSICO"! Porém ele tem um certo charme, e é divertido.O filme gira em torno da batalha de imortais que se enfrentam em lutas de espada até que um tenha a cabeça cortada( como os vampiros que só morrem com uma estaca no coração, os imortais aqui só morrem se tiverem a cabeça cortada!). Entre os imortais está Macleod( Cristopher Lamber), um imortal que perambula pela terra desde o século XVI e que é treinado por Ramires( Sean Corery) que também é um imortal. Esses guerreiros vão se enfrentando até sobrar um, ai esse ganha um prêmio: sabedoria, capacidade de ler pensamentos e o mais interessante, poder envelhecer e morrer "naturalmente". A linguagem do filme não é complexa e é narrado em forma de flash back, com uma fotografia que hora privilegia o colorida das montanhas da Escocia, hora da um tom "gótico" as cenas filmada a noite em Nova York. Nas cenas noturnos é interessante notar a caracterização triste do personagem de Lambert, nela fica "implícita" a angustia existêncial e o fardo que é a imortalidade.Não poderia deixar de falar da trilha sonora composta e executada pela banda QUEEN,cujo vocalista é o saldoso Fredy Mercury. As músicas passam pelo rock hardcere e por um tom mais pop; o carro chefe é a música "Who Wants to Live Forever", que tem uma letra cheia de significado existencialista- "para que viver pra sempre, para que amar para sempre?

sábado, 28 de março de 2009

MUSICA DE ALBIONI

http://www.youtube.com/watch?v=XMbvcp480Y4

INFÂNCIA E NOSTALGIA


Estava ouvindo Salvatore Adamo e logo brotou em minha mente lembranças de minha infancia, elas vinheram de forma espontânia e saudosistas, sem pedir licença afloraram em meus pensamentos como flores na primavera. Depois que li Nietzsche( algumas poucas linhas claro) aprendi que não devemos monumentalizar o passado, ele não é uma relíquia ou algo sagrado e nem sempre fomos mais felizes nele do que somos atualmente. Mas não adianta, sempre que minha infância é relembrada um mar de nostalgia desagua em meu coração levando para minhas veias saudades de uma época de pseudo inocência e felicidade. Coisas simples acabam tomando grandes proporções, o macarrão de domingo, os filmes da antiga sessão das dez( a hora do pesadelo e mad max por exemplo), o programa dos trapalhões ou desenhos como a fantástica CAVERNA DO DRAGÃO.
A infância sempre foi visto como uma época de ouro, de sonhos, fantasias e brincadeiras. A vontade dos adultos de nunca terem crescido é representado pelo eterno mito de Peter Pan que simboliza essa vontade de volta a um passado infantil e fuga do tempo com o expressivo exemplo do capitão Gancho que vive correndo do barulho do tic tac que ressoa com a presença do crocodilo.
Devemos aceitar a vida como ela é, e a passagem do tempo que enriquesse nossa experiência de vida e nos leva mais próximo da morte, essa inevitável agonia da vida, mesmo sabendo que lá no fundo a nossa infância nos sinaliza como uma época encantada e perdida.

filme: O PROCESSO


O processo é uma das melhores adaptações literárias para as telas, é uma "pequena obra prima" do genial Orson Wells. Aqui nesse filme o eterno CIDADÃO KANE leva o surrealismo e o absurdo da vida kafkaniana para um ambiente noir, um drama sem tons lacrimogênicos ou falta de emoção total. Uma pintura cinematográfica do insólido e do claustrofóbico.Um belo dia Josef K.(Anthony Perkins ) acorda com a presença da polícia em seu quarto, ai ele fica sabendo que esta sendo acusado por um "crime". Durante todo o filme K. procura saber qual é esse "crime" e é claro procura se defender. Não lhe é dito qual é o seu crime, e isso é uma das incógnitas que percorre toda a película. Como no livro de Kafka, na obra de Wells o absurda existencialista da vida, e o totalitarismo da LEI dão um tom de perseguição e de angústia. A fotografia noir em preto e branco dá o tom de tristeza e suspense ao filme, que conta com belas imagens como a do imenso corredor do banco onde trabalha K., cheio de mesas e com uma profundidade de tela que nos leva a ver a pronfundidade da burocracia metaforizada no filme.O filme ainda conta com a interpretação do próprio Wells como o advogado e com a belíssima música de Albioni; um ADÁGIO que contagia toda a atmosfera da obra. Lindo e tocante, mais uma fascinate e bem feita obra cinematográfica do mestre Orson.

UGLY BETTY


Deixei meu preconceito de lado e assisti durante três semanas no sbt três episódios da série UGLY BETTY, não sei em que temporada está, mas sei que gostei do que assiti. Com um humor requintado, com uma diâmica própria da televisão mas sem oos exageros bregas e molodramáticos e o barroquismo over da comédia pastelão, essa mistura de drama e comédia convence pela sua crítica ao mundo da moda, com um visual pop e com personagens cativantes, mesmo que alguns sejam 'um pouco caricatas".

A protagonista é Betty ( America Ferrara), uma moça de família mexicana que vive nos EUA, ela consegue um emprego na revista MODE, para ser asecretário do mulherengo Daniel( Eric Mbius), e esse é o início da odisséia dessa "menina feia" que irá ter que vencer preconceitos, conquiatar a simpatia de seus colegas de trabalho e a amizade de seu chefe, por quem ela nutre uma certa admiração ( que provavelmente se tornará amor).

Eu recomendo esse produto televisivo de bom gosto e criatividade.

fim das utopias


Ainda me lembro da época em que perdia noites de sono pensando em uma maneira de acabar com as desigualdades do mundo, uma vez quase chorei ao pensar na vida dura e desumana dos catadores de papel. Realmente não é fácil conviver com as amarguras do mundo!

Na época da facu (pelo menos nos dois primeiros anos) andava com livros de Marx debaixo do braço e bebia vodka pura, eu era um aprendiz de intelectual revolucionário. Eu era romântico, acreditava na revolução, no fim do capitalismo, da injustiça e com a vitória do proletariado- e consequentemente da humanidade- sobre a burguesia e seu IMPÉRIO DO CAPITAL. Mas um dia a criança cresce e começa a enchergar o mundo com outros olhos, ela sai da matrix, deixa para trás fantasias e sonhos coloridos como paraísos, papai Noel, evolucionismos, comunismos... é ai que vem um certo desencanto e frustração. O sonho acabou.

É triste viver sem sonhos, na verdade não vivemos sem eles, inventamos outros, algumas vezez revivemos a nostalgia dos sonhos passados, mas sempre com a consciência que a magia é apenas estética e artística e não mais "mágica" no sentido espiritual, mitológica ou religiosa.

Quando nascemos o mundo já existia, suas contradições, sua forma caótica e irregular, não somos nós com discursos filosóficos ou ações para-militares que iremos mudá-lo. Sem essa possibilidade dinâmica de revolução parece que só nos sobra a dura e cruel possibilidade conservadora de nos conformarmos com todas as desgraças mundanas. É uma questão complicada e sensível de se tratar, pois de um lado temos uma visão romântica e desacreditada de mudança radical das estruras socioeconômicas, de outro temos a visão trágica de estarmos condenados as desigualdades e infelicidades, como Prometeu acorrentado no auto de uma montanha nosso fígado é devorado pelo abutre retrógado do sistema.

Continuar acreditando em mágica e soluções revolucinárias como a dos anarquistas e marxistas é um pouco infantil para os dias de hoje pós queda do muro de Berlim, mas não abrir nenhuma possibilidade para mudanças e ficar idolatrando o sistema -seja ele qual for- é uma posição desconfortante. Não devemos cruzar os braços só por que o socialismo ideal não dá certo, ou por que sabemos que o paraíso cristão é uma mitologia fora do contexto, devemos sim lutar por mudanças, seja na educação, na cultura, no modo de ver o mundo, nas relações de trabalho ou de gênero, o que não podemos é ficar com utopias enquanto o mundo possível está em nossas mãos.

filme: OS INTOCÁVEIS



Em 1987 Brian de Palma finaliza sua obra prima: OS INTOCÁVEIS, o diretor de SCARFACE consegue dar vida a história do grupo ( apenas quatro pessoas) que consegue colocar Al Capone atrás das grades. O filme é baseado em uma história real.O agente Eliot Ness( KEVIN KOSTNER) tenta colocar Al Capone e seu grupo atrás das grades, mas ele por "falta de malícia" e experiência no ramo não obtem êxito; mas isso muda quando ele conhece um quarda em uma ponte, esse é Malone( Sean Conery) que irá ajudá-lo nessa empreitada. O grupo dos "intocáveis" ainda é composto pelo contabilista Oscar Wallace(Charles Martin Smith ) e pelo policial novato George Stone ( Andy Garcia ). Para fechar o elenco temos o excepcional Robert De Niro como Al Capone, que dá um show de interpretação, e que merecia o oscar, mas quem levou foi carismático Sean Conery.O filme conta com uma belíssima fotografia e planos bem filmados, como as panorâmicas que já são marca registrada do diretor, que nos levam ao deleite estético em cenas como a da cavalaria na ponte ou na homenagem feita ao filme ENCOURAÇADO POTEMKIM na cena da escadaria.Não poderia deixar de falar da trilha sonora composta po Ennio Morricone, o mesmo de TRÊS HOMENS EM CONFLITO e ERA UMA VEZ NA AMÉRICA, as músicas dão o tom épico que combinam com a Chicago dos anos 30, além do tema dramático que acompanha algumas mortes e as cenas entre os amigos "protagonistas".Essa obra monumental é considerada por alguns como o "primo pobre" de filmes como o PODEROSO CHEFÃO eos BONS COMPANHEIROS; mas na minha opinião ele se iguala em qualidade de roteiro e técnica.

amor e paixão

É possível amar uma pessoa sem estar apaixonado(a)? Assistindo ao novo filme( Vicky Cristina Barcelona) do mestre da ironia e da estética verborrágica Woody Allen ouvi algo parecido, uma afirmação da pergunta descrita a cima. Com tanta coisa para se pensar e discutir como a hermenêutica nas ciências sociais ou a questão regional na era globalizada tomo aqui um espaço para divagações sentimentais.
Creio que o que irei mencionar nesse texto não irá contribuir para a teoria estética ou filosófica, muito menos fará vc caro leitor(a) mais intelectualizado, porém acredito que tudo que envolva o ser humano é passível de discução e pesquisa intelectual, claro que como toda regra há algumas exceções! Voltemos ao que interessa. É fato que a paixão tem um caráter mais "quente", de flamas, calor, emoção, tesão e etc. e que este estado de deslumbramento e emoção não é necessáriamente amor. Já sabemos que não podemos confundir esses dois sentimentos. O amor é algo mais amplo, inclui cumplicidade, amizade, entrega total, companheirismo...vou parar se não eu choro kkkkkkkk .
Amor pressupõe paixão, é necessário que nos apaixonemos para depois amarmos uma pessoa, como é possível amarmos alguém sem essa flama que queima nossos corações e esquenta nossa carne? Eu sinceramnete não vejo como explicar. Poderia admitir que com o passar dos anos a relação "dá uma esfriada", perde um pouco do calor inicial, porém o esfriamento total levaria ao fim da ligação sentimental de pelo menos um dos parceiros.
Amor sem paixão é uma piada, no máximo há amizade, e isso não é sufuciente para um relacionamento. Me desculpe Woody, o filme é fabuloso, mas a tese é fraca.

IRRADIAÇÃO

A radiação toma conta de todo o meu corpo, estou sendo irradiado pela nausea de minha existência, escrevo tão desanimado e enojado com o mundo que me rodeia que esqueço até de acentuar as palavras soltas e emotivas que escarro nesse blog. Como um soldado pronto para a batalha ataco verbalmente a humanidade com minhas mal traçadas linhas, com minhas idéias pornograficamente grudadas em minhas frases mortíferas, inconcebíveis e ..deixa para lá, pois o que iria explicitar é o óbvio, é a falta de sentido que flutua em minha piscina da razão, emoção, tesão...pronto a contradição aflorou novamente em minha mente demente que jorra latente gritos descontentes com rimas aparentes. A irradiação fez brotar concepçõs de mundo cancerígenas em miha mente.

REFLEXÃO EM DIA DE CHUVA

Continuar acreditando que existe uma verdade "em si", universal e absoluta aos moldes do platonismo e do cristianismo é uma piada, mas relativizar a verdade ao ponto de se tornar apenas um nome que se encaixa em qualquer pseudo manifestação de inteligência é uma grande bobagem, um subterfúgio pós tudo, pós romântico, pós moderno... Não há como negar a radicalização da modernidade( que chamamos erroneamente de pós modernidade), porém varrer toda a estrutura cultural e intelectual da modernidade para debaixo do tapete da ignorância já é demais. Como ouvi de um professor uma vez "somos filhos de dois pais". Como já aprendemos com os gregos os extremismos são perigosos, temos que encontrar o equilíbrio entre as posições antagônicas; se voarmos alto demais o sol irá derreter nossas asas de cera, se voarmos baixo demais será o mar o solvente de nossa arma para a liberdade, infelizmente Ícaro foi precipitado.